Quando se procura uma receita saudável, não há a que escape ao óleo de coco. Esta é a gordura mais usada atualmente e aquela que é vista como a mais adequada para quem procura um estilo de vida saudável, acabando, por vezes, em substituir o tão tradicional azeite virgem extra.
Mas, é ou não o óleo de coco uma gordura boa? Cientificamente, “não há qualquer dado” que apoie esta tendência atual, diz Alice H. Lichtenstein, professora de Ciências da Nutrição da Universidade Tufts.
E o ceticismo científico (que já vem de algumas décadas para cá) tem uma razão: o óleo de coco é rico em ácidos gordos saturados, que têm sido associados a níveis elevados de colesterol e ao aparecimento de doenças cardíacas, lê-se no The New York Times.
Para já, a pesqiusa sobre os efeitos na saúde do óleo de coco é ainda escassa, mas Lichtenstein salienta que "parece não haver qualquer benefício independente em consumi-lo”.
Mais otimista quanto ao consumo de óleo de coco é o professor de Nutrição Humana da Universidade de Cornell, Tom Brenna, que defende que embora o óleo de coco – virgem ou não – seja ligeiramente processado e contenha ácidos gordos, a gordura existente neste produto (mesmo sendo em iguais quantidades a outros óleos) pode ser menos prejudicial à saúde.
O importante, diz o especialista ao The New York Times, é optar pelas versões “virgem” ou “virgem extra”, que são as mais puras que se encontram no mercado. Mas tudo não deixa de ser uma gordura e, por isso, é preciso ter “moderação”.