Sexo só é sexo quando ambos atingem o orgasmo. Orgasmo. Orgasmo. Orgasmo. A palavra fica na mente e, para muito, é a única que importa assim que se pratica a atividade sexual.
Mas para todos que pensam que o sexo só é sexo quando se atinge o orgasmo, há uma nova palavra a reter: ‘orgasmocentrismo’. Termo usado em Espanha e que descreve esta tendência de fazer do prazer sexual um escravo do clímax (prazer explosivo) é bastante comum, especialmente entre homens.
“A maioria da população reduz a sexualidade às relações genitais e ao orgasmo. Para os psicanalistas, a vida sexual é estruturante do psiquismo e determina o nosso modo de ser e a nossa personalidade. Reduzir [a atividade sexual] à bioquímica do amor ou ao clímax é limitá-la”, diz o especialista Batallr i Pereello, em declarações ao El País.
Mas, há sexo bom sem orgasmo? Não. “As pessoas tendem a acreditar que a relação sexual, para ser bem-sucedida, deve necessariamente terminar no orgasmo. Este é um mito generalizado”, diz a sexóloga Álava Reyes, explicando que esta obsessão pelo orgasmo apenas “minimiza a capacidade de sentir o prazer” durante o coito.
Para esta especialista, é “um erro limitar a capacidade de prazer”. Além disso, ficar obcecado pelo alcance do clímax apenas vai levar a sentimentos de “frustração e desânimo” quando não é alcançado.
Embora o orgasmo seja importante para o bem-estar pessoal e do casal, “ o sexo é a comunicação” e é possível alcançar a satisfação plena, sem clímax.
Para tal, lê-se na publicação, é necessário “desenvolver uma comunicação sexual saudável com o parceiro. O primeiro ponto importante é saber o que gosta se e como se gosta. O segundo, saber pedir e receber essa informação dada pelo parceiro sexual, sem se sentir desconfortável ou frustrado.