Sim, leu bem. Dormir com as cortinas (ou persianas) abertas pode aumentar o risco de condições que afetam o fluxo sanguíneo para o cérebro, assim como de um acidente vascular cerebral, afirma um novo estudo, feito em Ningbo, na China, e disponibilizado na Stroke.
Porquê? Luzes da rua e a poluição luminosa interferem com o ciclo natural de sono e, infelizmente, a privação de sono pode sobrecarregar o coração e outros órgãos, explicam os cientistas.
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Para chegarem a esta conclusão, os investigadores analisaram mais de 28 mil adultos chineses. A exposição luz noturna foi avaliada por imagens de satélite e os casos de acidente vascular cerebral confirmados pelos registos médicos e certificados de óbito.
Descobriram assim que os indivíduos mais expostos à luz do exterior, ao longo da noite, tinham um risco 43% maior de condições cerebrovasculares, em comparação com os menos expostos. Para além disto, concluíram que as pessoas com maior exposição ao óxido de azoto, ou seja, emissões de automóveis, camiões e autocarros e centrais elétricas, tiveram um risco 31% maior de desenvolver doenças cerebrovasculares em comparação com aqueles com menor exposição.
Jian-Bing Wang, um dos autores do estudo, citado em comunicado, explica que os "níveis mais elevados de exposição a luz artificial externa ao longo da noite podem ser um fator de risco para doenças cerebrovasculares". Tendo isto em conta, "aconselha as pessoas, especialmente aquelas que vivem em áreas urbanas, a considerarem a redução dessa exposição para se protegerem do seu potencial impacto prejudicial".
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