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Potencial das células estaminais do cordão umbilical é maior do que julga

Um novo estudo comprova.

Potencial das células estaminais do cordão umbilical é maior do que julga
Notícias ao Minuto

11:32 - 29/01/23 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Saúde

Os resultados de um novo estudo dão luz verde à realização de ensaios clínicos com vista ao desenvolvimento de um medicamento à base de células estaminais do tecido do cordão umbilical para o tratamento de doentes com lesões da espinal medula, provocadas, por exemplo, por acidentes de viação, quedas ou agressões, e que resultam na perda de funções sensoriais e motoras.

A ausência de qualquer tratamento capaz de reverter os danos na espinal medula tem impulsionado o desenvolvimento de novas abordagens baseadas em terapias celulares capazes de promover a recuperação funcional, sendo o recurso as células estaminais mesenquimais o principal foco nesta área.

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"A utilização terapêutica destas células beneficia do facto de apresentarem um excelente perfil de segurança e não desencadearem rejeição imunológica", explica Carla Cardoso, diretora do departamento de I&D da Crioestaminal, em comunicado. "No caso das células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical somam-se ainda vantagens no que diz respeito à facilidade de acesso e à capacidade de multiplicação em laboratório, para além de se saber que a aplicação destas células neste tipo de lesões mostrou já resultados promissores num ensaio clínico anterior de fase I/IIa, que envolveu doentes com lesão medular traumática crónica completa ao nível torácico."

Para este estudo, os investigadores recorreram a um modelo animal de lesão medular ao nível torácico - o modelo que melhor reproduz a maioria dos casos traumáticos em humanos – para testar a administração única e repetida de células mesenquimais do cordão umbilical, tendo os animais de três grupos sido seguidos até 70 dias após a lesão.

Aos sete dias após a lesão, foi administrada uma solução salina ao grupo controlo e uma dose única de células mesenquimais do cordão umbilical a outro dos grupos. Um terceiro grupo recebeu injeções de células mesenquimais aos sete e aos 14 dias após a lesão.

Ao longo do estudo, o tratamento baseado em células mesenquimais do cordão umbilical mostrou-se seguro, não tendo sido observadas reações adversas, e promoveu uma ligeira preservação do tecido medular e melhoria funcional: aos 21 dias após a lesão, comparativamente ao grupo controlo, os dois grupos de animais que receberam células estaminais alcançaram pontuações mais altas na escala que permite avaliar a recuperação funcional após lesão medular.

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Para além disso, o grupo de animais que recebeu duas doses de células mesenquimais do cordão umbilical apresentou ainda melhoria significativa na locomoção em relação aos outros dois grupos, uma semana após a segunda administração (21 após a lesão), tendo essa melhoria sido mantida ao 28.º dia após a lesão. Verificou-se igualmente neste grupo um aumento no volume do tecido medular que não sofreu lesão.

Os autores do estudo sugerem que os efeitos benéficos da administração repetida de células mesenquimais sejam mediados pela libertação de fatores de crescimento e moléculas anti-inflamatórias, entre outras, criando um ambiente favorável à neuroproteção.

Este possível mecanismo poderá ser responsável pela melhoria da locomoção observada no grupo que recebeu duas doses de células estaminais. Além disso, a melhoria dos reflexos corporais e o aumento do volume de tecido não lesado podem estar diretamente relacionados com este efeito das células mesenquimais.

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