Investigadores criam app para diagnosticar asma em refugiados ucranianos

Investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) estão a desenvolver uma aplicação para ajudar a diagnosticar e prever o desenvolvimento de asma em refugiados ucranianos que estiveram expostos ao conflito.

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Lusa
04/01/2023 18:17 ‧ 04/01/2023 por Lusa

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Asma

Em comunicado, o instituto da Universidade do Porto esclarece que a ferramenta terá como principal objetivo "auxiliar os médicos no diagnóstico e tratamento da asma em refugiados ucranianos".

"Sabe-se hoje, pela observação e estudo de conflitos e catástrofes anteriores - como foram a Guerra do Golfo, o ataque ao 'World Trade Center' e a consequente Guerra do Iraque e, mais recentemente, a Guerra Civil na Síria - que o desenvolvimento de asma está diretamente associado a estes contextos, pela exposição a diferentes fatores ambientais e psicossociais", salienta.

De acordo com o ISPUP, a exposição prolongada a poluentes do ar e condições de vida extremas são os fatores que "mais contribuem" para o desenvolvimento e agravamento dos sintomas de asma.

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"No caso concreto do conflito armado da Ucrânia, as explosões de depósitos de combustível e os bombardeamentos com dispositivos de fragmentação expuseram os ucranianos a concentrações de poluentes ambientais muito acima da média. Quando combinada esta exposição com os traumas psicológicos provocados pela guerra, estão criadas as condições "perfeitas" para o aumento da incidência da asma e/ou para o agravamento da doença nestas populações", realça o instituto.

Nesse sentido, a aplicação vai permitir estimar o risco de desenvolvimento dos sintomas da doença, tendo em conta os fatores ambientais e psicossociais a que os refugiados estiveram expostos.

A equipa, composta por investigadores e alergologistas internacionais da Academia Europeia de Alergologia e Imunologia Clínica (EAACI), vai também lançar um conjunto de recomendações para os serviços de saúde que acolheram estes refugiados, "de forma a apoiar a criação de um procedimento 'standard'" de monitorização da doença.

A equipa é composta por especialistas portugueses, espanhóis, franceses, ingleses, finlandeses, turcos, canadianos e sul-africanos.

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