Reino Unido: 8 em cada 10 não apresentam os sintomas mais conhecidos
Cientistas da University College London (UCL) analisaram dados de mais de 36.000 pessoas testadas para o novo coronavírus no Reino Unido entre abril e junho.
© REUTERS/Toby Melville
Lifestyle Covid-19
Um novo estudo, publicado na revista médica Clinical Epidemiology, revela informações importantes sobre o aparecimento de sintomas da Covid-19.
Cientistas da University College London (UCL) analisaram dados de mais de 36 mil pessoas testadas para o novo coronavírus no Reino Unido entre abril e junho. Das 115 que tiveram resultado positivo, 88 (76,5%) não apresentaram qualquer sintoma e outros 9,6% não apresentaram nenhum dos sintomas clássicos da doença- tosse, febre ou perda do paladar e do olfato.
Com isto, os autores do estudo concluem que “os sintomas de Covid-19 são um marcador fraco de infeção”.
Segundo o Guardian, a situação “gerou receio de que futuros surtos de Covid-19 sejam difíceis de controlar sem testes mais difundidos na comunidade para detetar a 'transmissão silenciosa'.
A equipa de investigadores pede, então, uma mudança na estratégia de testagem: “testes frequentes e generalizados para todos os indivíduos, não apenas para os casos sintomáticos, pelo menos em ambientes de alto risco ou locais específicos” seriam a chave para prevenir a transmissão, escrevem.
No entanto, alguns especialistas são críticos do estudo. O professor de medicina na University of East Anglia, Paul Hunter, argumenta que, como o estudo se concentrou apenas no momento do teste, os resultados não podem determinar com precisão a proporção de pessoas com Covid-19 que se tornam sintomáticas ou permanecem assintomáticas nalgum estágio durante a infeção.
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