Há quem defenda que é melhor dormir com as persianas abertas de modo a acordar naturalmente com a luz do dia, mas outros asseguram que dormir com as persianas fechadas é a melhor forma conseguir ter um sono reparador. Mas, afinal o que é melhor para o nosso descanso?
O ruído, a temperatura e a luz podem ser um verdadeiro problema para as pessoas que sofrem de insónias ou de outros distúrbios do sono.
E não são poucas, como reporta o La Vanguardia, um estudo indicou que 30% da população sofre de insónias ao longo da vida e num terço destes casos a condição é crónica.
A verdade, e segundo explica a mesma publicação, é que tanto a luz como a escuridão dão pistas ao organismo se deve ou não induzir o sono.
O nosso relógio biológico foi biologicamente desenhado para que despertemos naturalmente de manhã cedo.
Ao fim de 15 horas acordado, o organismo começa a fazê-lo sentir cansaço e os ritmos cardíacos, com ciclos de 24 horas que controlam os processos biológicos, diminuem ao mínimo para assegurar o sono.
À medida que a noite se aproxima a luz diminui e a melatonina no corpo começa a aumentar, o que faz descer a temperatura do corpo e induz o sono. Como a escuridão estimula a produção de melatonina, o médico espanhol Jesús Ecribá Alepuz, diretor do Instituto de Medicina do Sono, afirmou em entrevista ao La Vanguardia que o melhor para o sono é dormir com as persianas fechadas – de modo a que a divisão fique escura e sem luz.
Todavia, ainda assim, concorda que no verão, para evitar o calor excessivo – que não contribui de todo para uma boa noite de sono – pode ser benéfico abrir um pouco as persianas e as janelas.
Mas, como em tudo, existem exceções à regra. Para algumas pessoas estar num quarto totalmente escuro pode tornar a tarefa de adormecer impossível. Para “pessoas com medo de dormir às escuras ou que sofrem de parassonias muito frequentes, tais como pesadelos, a luz pode fornecer algum benefício ao dar-lhes mais tranquilidade, necessária para conciliar este estado", explica Escribá.
