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Exame de imagem poderá detetar jovens com maior risco de depressão

Atualmente, a depressão é considerada a doença mais incapacitante do mundo, afetando 322 milhões de pessoas no planeta, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Exame de imagem poderá detetar jovens com maior risco de depressão
Notícias ao Minuto

09:30 - 16/01/20 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Diagnóstico de depressão

E não, não se trata de uma doença da 'moda' e típica dos tempos modernos, ao contrário do que possa pensar. Hipócrates (460 a.C.-370 a.C.) já descrevia a melancolia, uma compreensão precoce da depressão, como "um estado de medo e desânimo duradouros", revela a revista VEJA. Em 1969 o psicólogo norte-americano Rollo May descreveu a depressão poética e fatidicamente, no livro de sua autoria 'Love and Will' ('Amor e Vontade'), como: “a incapacidade de construir um futuro".

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Sendo que é essa mesma falta de perspectiva que pode ser extremamente preocupante nos indivíduos mais jovens, faixa etária que tem vindo a registar ao longo dos anos cada vez mais casos de incidência da doença do foro psiquiátrico. Segundo uma pesquisa realizada por investigadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, nos últimos cinco anos, a prevalência da depressão entre homens e mulheres entre os 12 e 25 anos de idade subiu uns impressionantes 40%.

Nesse sentido e com o intuito de ajudar a combater a proliferação da patologia, segundo a VEJA, uma equipa de cientistas brasileiros criou um exame de imagem que poderá identificar adolescentes com maior propensão para virem a sofrer de depressão, mesmo antes dos primeiros sintomas começarem a manifestar-se.

O estudo

Na experiência, 750 estudantes de escolas de São Paulo e Porto Alegre, no Brasil com idades entre os seis e 12 anos e sem sinais de depressão, foram submetidos a avaliações psicológicas, psiquiátricas e de neuroimagem. Após três anos, 90% dos participantes foram novamente avaliados aplicando a mesma metodologia.

Os resultados mostraram que aqueles que apresentaram um maior processamento de informações no estriado ventral, uma zona do cérebro que integra o circuito de recompensa, no primeiro exame, apresentavam um risco 50% superior de desenvolver sintomas depressivos.

“Encontramos uma conectividade de característica diferente, aumentada ou mais atividade, no cérebro daqueles que desenvolveram depressão após três anos, o que representou 9% dos analisados”, disse Pedro Pan, psiquiatra líder do estudo.

O que é o circuito de recompensa?

Segundo a revista VEJA, trata-se de uma área do cérebro que é ativada ao recebermos estímulos que provocam prazer, como por exemplo fazer sexo, ir às compras ou comer chocolate ou pelo uso de substâncias como álcool, drogas e cigarro.

No período da adolescência, esse circuito atinge o seu pico e é esse fator, associado a um córtex pré-frontal – região cerebral cuja principal função é regular o humor, o julgamento e o controle de impulsos – ainda em formação – que só amadurece por volta dos 24 anos -, uma das possíveis explicações do por que os adolescentes são extremamente impulsivos e reagem às situações mais intensamente. Esse pico também explicaria porque alterações de conectividade nessa região podem ser um marcador da doença nessas idades.

Relativamente ao estudo, Pedro Pan e a sua equipa pretendem continuar a acompanhar os jovens para entender se essa predisposição continua, apontando assim de facto que esses indivíduos têm um maior risco de vir a sofrer de depressão.

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