O joanete é um problema caracterizado pelo desalinhamento progressivo do dedo grande do pé em direção aos outros dedos, formando um 'calo' que causa sensibilidade, dor e vermelhidão na pele da região.
Dito isto, descubra alguns mitos e verdades sobre a condição, de acordo com a opinião do médico ortopedista e especialista em pés e tornozelos Rafael da Rocha Macedo:
O problema é mais comum nas mulheres. Verdade!
Estima-se que a cada 10 mulheres, um homem manifesta a deformidade, que pode ser desencadeada por conta de fatores genéticos, congénitos e até pelo uso inadequado de calçado. Além disso, o joanete costuma aparecer na fase adulta, entre os 20 e 30 anos, mas em casos raros pode acontecer durante a adolescência.
O uso de sapatos de salto alto e bico fino não prejudica o problema. Mito!
A utilização deste tipo de calçado pode piorar a situação, já que com o seu uso frequente o peso corporal move-se para a frente do pé, pressionando todos os dedos, principalmente o dedo grande. “Portanto, o ideal é apostar em sapatos ortopédicos folgados e macios que ajudam a aliviar os sintomas”, alerta o especialista.
O hálux rígido é um problema que pode ser confundido com o joanete. Verdade!
A diferença é que o hálux rígido é caracterizado pela degeneração da articulação metatarsofalangeana, responsável por ligar o dedo grande (hálux) ao pé. Por esse motivo, é importante procurar uma opinião médica para um bom diagnóstico por meio do histórico clínico do paciente e do exame físico dos pés.
Espaçadores de silicone ajudam a corrigir o problema. Mito!
Não há provas científicas que comprovem que este tipo de acessório corrija o problema. Logo, o que se pode dizer é que é considerado uma tentativa de paralisar a sua progressão e amenizar o desconforto da região.
Uma das opções para o tratamento é a cirurgia. Verdade!
Por meio de inúmeros tipos de cirurgias, que atualmente podem até ser minimamente invasivas, é possível corrigir o desalinhamento causado pelo joanete, aliviando os sintomas. Registando-se inclusive uma probabilidade elevada de que a doença não volte a ser um problema na vida do paciente.
O especialista ressalta ainda que, independente do tipo de grau da doença, o ideal é procurar sempre a opinião de um especialista. “Existem inúmeras opções de tratamentos que possibilitam uma melhoria do paciente, mas para isso é essencial ter um diagnóstico exato da enfermidade e começar com o método adequado para cada caso”, finaliza Macedo.