"Entretanto, outras doenças e transtornos dermatológicos têm como fator desencadeante a exposição excessiva aos raios ultravioleta", explica o dermatologista do Hospital Albert Einstein Mário Grinblat, no Brasil, em declarações à publicação Minha Vida. Os exemplos mais comuns e frequentes são o melasma, melanose solar, fitofotodermatose, queratose e cancro da pele.
Melasmas
São manchas de sol de tom acastanhado provocadas pelo excesso de exposição solar ao longo da vida. É um transtorno cutâneo muito comum, que pode aparecer em qualquer pessoa. É especialmente comum em mulheres grávidas, entre aquelas que tomam contracetivos orais e nas que necessitam de reposição hormonal durante a menopausa.
Melanose solar
Também conhecida como melanose senil, são identificadas como manchas escuras, de coloração castanha, geralmente pequeninas, mas que podem chegar a alguns centímetros de tamanho.
Surgem apenas nas áreas que ficam muito expostas ao sol, como a face, o dorso das mãos e dos braços, o colo e os ombros.
Fitofotodermatoses
Também são manchas bastante comuns causadas após a exposição solar. Resultam de uma inflamação pelo contato da pele com algumas frutas, principalmente as cítricas, como o limão. Quanto mais clara a pele da vítima, mais acentuada será a marca, que tem tons de castanho e não provoca comichão nem ardor. Mas, por mais que pareça banal, a mancha pode levar até um ano para desaparecer e não existe um tratamento específico para garantir o desaparecimento. A prevenção passa por lavar bem as mãos com água corrente e sabão sempre que manusear qualquer fruta cítrica.
Queratose
A queratose actínica ou solar é um dos principais motivos de consulta ao dermatologista. Trata-se de uma ferida áspera, de cor avermelhada ou esbranquiçada, que não cicatriza. A maioria das pessoas procura um especialista para removê-la apenas por uma questão estética, porém existe ainda a possibilidade de 22% da mancha propiciar o desenvolvimento de cancro da pele.
Ao contrário das melasmas e melanoses, a queratose é áspera e endurecida. Começa como uma lesão minúscula, mas com o tempo pode ser vista com facilidade a olho nu. Como também é reflexo da exposição exagerada ao sol, aparece em locais não cobertos pela roupa, como nuca, rosto, colo e braços.
Cancro da pele
O cancro da pele está entre as doenças de pele mais sérias que podem ocorrer. Quando a exposição aos raios ultravioleta é frequente, mas a proteção solar é quase nula, as chances de desenvolver um tumor são infelizmente bastante elevadas.
Geralmente este tipo de cancro manifesta-se através de lesões escuras, pintas que aumentam ou mudam de formato, feridas que não cicatrizam e outras alterações na derme.
Lembre-se que deve usar sempre protetor solar diariamente (durante o ano todo) e repeti-lo principalmente durante os dias mais quentes, intensificando os cuidados com a pele no verão.