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Entenda o perigo da meningite: A doença mortal 'disfarçada' de gripe

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

Entenda o perigo da meningite: A doença mortal 'disfarçada' de gripe
Notícias ao Minuto

07:20 - 23/01/19 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Doença

A doença potencialmente fatal é provocada por diversos agentes infecciosos (bactérias, vírus e fungos), como relata uma reportagem da BBC News sobre o tema.

A seguir, conheça melhor cada um dos tipos da doença.

Meningite bacteriana

Trata-se da forma mais grave da enfermidade, e são várias as bactérias que podem provocá-la, como Neisseria meningitidis (ou meningococo), Streptococcus pneumoniae (ou pneumococo), Haemophilus influenzae, Mycobacterium tuberculosis, Streptococcus sp. (especialmente os do Grupo B), Listeria monocytogenes, Escherichia coli e Treponema pallidum.

É importante destacar que a incidência de cada uma depende da faixa etária. Os recém-nascidos são mais frequentemente atingidos por Streptococcus do grupo B, Streptococcus pneumoniae, Listeria monocytogenes e Escherichia coli; bebés e crianças, Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae e Streptococcus do grupo B; adolescentes e adultos jovens, Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae, e idosos, Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae, Streptococcus do grupo B e Listeria monocytogene.

Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça e rigidez do pescoço ou da nuca. Também é normal o paciente ter mal estar, náuseas, vómitos, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz) e confusão mental. Conforme a doença avança, acrescenta-se à lista convulsões, delírios, tremores e coma.

Entre as meningites bacterianas mais preocupantes, salienta o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emilio Ribas, em São Paulo, no Brasil, estão a meningocócica e a pneumocócica.

A primeira ocorre quando a bactéria cai na corrente sanguínea e promove a libertação de fatores inflamatórios. O que faz com que os vasos dilatem, resultando na queda de pressão arterial e em taquicardia, podendo levar a pessoa à morte.

"É bastante temida por conta da rápida evolução, alta letalidade, possibilidade de deixar sequelas (cegueira, surdez e amputação de membros são algumas) e potencial de surtos e epidemias", diz o médico. Além dos sinais já descritos, é normal causar manchas arroxeadas e dores pelo corpo, calafrios, diarreia, fadiga e mãos e pés frios.

No caso da pneumocócica, o agente causador é transportado pelo sangue até ao cérebro, onde gera uma forte reação inflamatória. Os sintomas são basicamente os mesmos das demais meningites, porém, há risco de importantes consequências neurológicas, tais como dificuldades para andar e falar.

A transmissão da meningite bacteriana dá-se de pessoa para pessoa por meio das vias respiratórias, ou, seja, de gotículas e secreções que saem do nariz e da garganta quando os infetados tossem ou espirram. Outras bactérias, como Listeria monocytogenes e Escherichia coli, espalha-se pelos alimentos contaminados.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico das meningites é feito por meio de exames de sangue e líquido cerebroespinha. São eles que determinarão o tipo da doença e, com isso, a conduta que será adotada pelos médicos.

No caso das bacterianas, o tratamento é feito com antibióticos, associados ou não a corticóides, entre sete a 14 dias. A internação normalmente é necessária.

Nas virais, dependendo do agente, é necessário ministrar aos ntivirais e corticóides por cerca de uma semana. Em geral, as pessoas são internadas e monitorizadas quanto aos sinais de maior gravidade.

Por fim, nas meningites fúngicas, a prescrição é de antifúngicos entre quatro a 12 semanas, também escolhidos com base no microorganismo identificado no corpo do paciente.

Prevenção

Demetrius Montenegro, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), da Universidade de Pernambuco (UPE), afirmou à BBC que para alguns dos agentes infecciosos causadores da meningite existem vacinas.

"São normalmente oferecidas a crianças e adolescentes pelo sistema de saúde do país. Adultos que tenham alguma doença crónica, como diabetes e cardiopatias, ou estejam a receber outros tratamentos contra o cancro", indica.

Além desta proteção, o médico recomenda evitar passar muito tempo em ambientes fechados e repletos de pessoas; manter, sempre que possível, a casa e o local de trabalho bem ventilados, inclusive no inverno, e cuidar da higiene pessoal.

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