Os homens que sofrem com ansiedade apresentam o “dobro do risco de morrerem com cancro”.
Os cientistas acreditam que tal poderá acontecer devido à tendência dos indivíduos do sexo masculino para se ‘auto medicarem’ de modo a aliviarem a ansiedade, recorrendo a álcool e ao tabaco, e dessa forma aumentando a probabilidade de virem a falecer com algum tipo de tumor.
Ao invés, as mulheres diagnosticadas com ansiedade não enfrentam o mesmo risco exacerbado de morrerem devido aquela patologia.
Os cientistas creem que os homens estão mais predispostos a recusarem recorrer a ajuda médica e sim a optarem pela toma de drogas ilícitas, consumo de álcool e de tabaco de forma a aliviarem a dor que sentem – o que por sua vez propicia o aparecimento de tumores.
Os investigadores salientam ainda que as mulheres em média estão mais abertas a consultarem um médico quando sentem que algo está errado – tanto a nível mental como físico – ou seja, o que também permite o diagnóstico mais precoce de cancro.
Olivia Remes, líder do estudo e docente na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, salientou que os médicos têm que levar a ansiedade mais a sério.
Ao apresentar os dados apurados por ela e pela sua equipa no Congresso da Faculdade Europeia de Neuropsicofarmologia em Viena, afirmou que estudos anteriores não haviam sido capazes de determinar uma associação clara entre ansiedade e cancro.
Sendo este novo estudo o maior até à data a examinar essa relação.
“Apurámos que os homens que sofrem de ansiedade generalizada apresentam o dobro da probabilidade de morrer com cancro, comparativamente aos indivíduos sem essa condição”.