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Movember sem sucesso? Homens optam menos pelo tratamento do cancro

Estudo alerta para o medo cada vez mais sentido em relação aos efeitos colaterais do tratamento contra o cancro da próstata. O resultado? Menos casos de sucesso e mais de quem opta por correr o risco de morte.

Movember sem sucesso? Homens optam menos pelo tratamento do cancro
Notícias ao Minuto

08:45 - 26/11/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Cancro

O cancro da próstata é dos tipos mais recorrentes entre homens. Em Portugal, é apontado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro como o mais comum para o sexo masculino.

Merecedor de constantes estudos e investigações que procurem encontrar o tratamento e formas de deteção e prevenção cada vez mais eficazes, a necessidade de tratamento numa fase precoce é essencial para um tratamento com sucesso, e foi desta necessidade que nasceu o movimento movember.

Criado nos Estados Unidos, ganhou seguidores a nível mundial, com várias marcas, associações e celebridades a aderir ao movimento de sensibilização e alerta para um problema que se sabe ser grave e comum.

O laço azul e o bigode que não se deve cortar durante todo o mês de novembro são as caraterísticas que identificam o movimento que quer chamar todos os homens para a comum necessidade de diagnóstico precoce, bem como dar a conhecer os riscos de um problema que deve ser travado por todas as frentes – mesmo que não se haja uma solução 100% eficaz.

Mas por mais que a mensagem chegue, a informação não é recebida da forma como especialistas esperam. Assim o diz um grupo de investigadores do Imperial College London que realizou uma pesquisa junto de vários homens que haviam recebido o diagnóstico de cancro da próstata (a maioria dos quais, em fase precoce) e apresentou as conclusões da mesma numa conferência realizada este mês no Instituto de Pesquisa Nacional do Cancro em Glasgow, Reino Unido.

Alertar para o alto risco de mortalidade que esta doença conta e para a necessidade do tratamento que quanto mais atempado for mais possibilidades de sucesso oferece, é o objetivo de qualquer profissional de saúde que trabalhe na área, contudo, a referida pesquisa aponta que os homens preferem contar com uma menor probabilidade de sobrevivência do que enfrentar os possíveis efeitos colaterais que o tratamento conta a nível de vida sexual que podem advir da cirurgia ou da radioterapia.

Como justificação, a amostra argumenta que embora valorize uma vida mais longa, valoriza também a qualidade de vida.

Como pesar a maior qualidade de vida e maior probabilidade de sobrevivência?

Ahmed, principal autor do estudo aqui referido, são necessárias novas formas de tratamento que garantam um menor impacto na qualidade de vida do paciente. Tal passa por um maior enfoque em tratamentos menos invasivos ou terapia focal (na qual se opta por usar calor ou frio para atacar o cancro localmente, em oposição à próstata como um todo).

Apesar desta tentativa, especialistas garantem que os casos de efeitos colaterais graves têm sido cada vez mais raros e esta é uma ideia a que se deve, também, alertar todos os homens, tornado mais forte a ideia de que o cancro da próstata é uma doença curável e que, para tal, um tratamento correto e atempado é essencial.

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