A marca Olivier é bem conhecida em Portugal, principalmente em Lisboa onde já conta com um portefólio de nove espaços, cada qual com identidade bem própria. O mais recente, Seen, acaba de abrir mesmo ao lado da ‘casa do Olivier’, o Olivier Avenida, que este ano completa a sua primeira década.

A novidade abriu portas neste mês de novembro, mas o nome já vinha sendo falado há mais tempo, já que é também Seen o nome do primeiro espaço do prestigiado chef fora de Portugal. Foi em São Paulo, no 23.º piso de um dos hotéis da cadeia do Tivoli, que o chef e empresário português assentou a sua marca em terras brasileiras. Passado pouco mais de um ano, reconhece que o Seen no Brasil ultrapassou as suas próprias expetativas bem como as do grupo Tivoli, com que trabalha em parceria para este projeto.

Este foi o feedback que recebemos sobre tal espaço quando em maio deste ano entrevistamos o Olivier para o Vozes ao Minuto. Nesta mesma entrevista, e no seguimento do referido restaurante no Brasil, o chef avançou ao Notícias ao Minuto que estava em fase final de preparação para abertura de novos espaços e de novas marcas em território nacional.

Assim foi, e é no 9.º piso do hotel Tivoli, na Avenida da Liberdade, que encontramos o resultado desta novidade que traz para Portugal o conceito que fez nascer no Brasil e que não esconde a sinergia entre os dois ambientes.

Aberto a partir das 18h30, o Seen é um espaço que serve apenas jantares, e onde se pode optar também por um copo depois do trabalho, já que o bar é bastante convidativo e faz valer a visita por si só ao último piso do hotel de cinco estrelas. Arriscamos dizer que o bar é o coração de todo o espaço, com um balcão de 360º que rodeia uma árvore com folhas que se espalham pelo teto e onde os bartenders preparam os exclusivos cocktails ao mesmo tempo que sugerem bebidas a cada cliente que acaba de chegar, levam a cabo malabarismo com copos, garrafas e pedras de gelo e garantem uma boa energia, que se estende a todo o restante espaço - mais do que as folhas da árvore.

Decoração acolhedora, moderna e íntima

Em termos decorativos, a luz baixa acompanha os tons escuros escolhidos para a mobília, tapetes e sofás, a que dão luz as mesas em mármore e os pequenos focos de iluminação que garantem o ambiente íntimo e privado a cada mesa, que serve a pares, pequenos grupos, mas também para jantares mais numerosos. Os grupos grandes são convidados a sentar-se numa das mesas redondas, com sofás que serpenteiam o meio da sala, oferecendo o conforto que se quer num momento como o de um jantar no Seen, que pede para ser demorado e apreciado com toda a calma.

O menu também está preparado para seguir esta linha, com inúmeras opções para partilhar seja de entradas, carne, peixe ou massas. No final, a sobremesa é obrigatória – confirmámo-lo, mas as palavras são do próprio Olivier que pelas 22h00 daquela sexta-feira chegou ao Seen após a típica ronda aos seus outros restaurantes e fez questão de passar por todas as mesas e cumprimentar, como quem recebe os amigos na sua própria casa

Serviu pratos, brindou em algumas mesas, abraçou amigos e permitiu-se demorar mais do que dois dedos de conversa com vários. Em pouco tempo, Olivier provou o que já tinha confessado ao Notícias ao Minuto: que faz várias amizades na sua profissão. “Sinto-me honrado por todas as pessoas que frequentam os meus restaurantes e dos amigos, sejam eles figuras públicas ou não, apenas espero que possamos estar juntos sempre que as suas vidas o permitam”, concluiu.

Esta visita do próprio chef, no final da noite, traduz o Seen como mais do que um restaurante. É uma experiência que começa ainda no hall do hotel Tivoli onde somos encaminhados para o elevador que nos leva ao último piso, passamos as pesadas cortinas pretas para entrar no espaço onde saboreamos um cocktail antes de passar à refeição. O espaço apresenta-se como ‘to see and be seen’ (para ver e ser visto), mas pela nossa experiência, é um espaço para ver, sentir e saborear. numa experiência que se demora e deixa saudade até ao próximo serão num dos mais altos ‘jardins’ de Lisboa, onde o requinte se serve à mesa.