Deborah Secco indignada com caso de assédio sexual em autocarro

A atriz brasileira mostrou-se revoltado com a decisão tomada pelo juiz que esteve à frente do polémico caso.

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Mariline Direito Rodrigues
01/09/2017 18:22 ‧ 01/09/2017 por Mariline Direito Rodrigues

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Redes Sociais

Esta semana, a imprensa brasileira tem andado à volta de um caso de violência sexual registado contra um mulher em São Paulo. Conforme é descrito pelos meios de comunicação, um homem de 48 anos foi detido após ter sido apanhado a ejacular no pescoço de uma passageira, que circulava no mesmo transporte que ele.

Depois da audiência em tribunal, o arguido foi libertado pelo juiz que alegou que "não houve constrangimento", classificando o ato como atentado ao pudor.

Perante este cenário, a atriz Deborah Secco mostrou-se profundamente indignada e decidiu pronunciar-se sobre o assunto nas redes sociais.

“Não posso fazer como a Justiça brasileira e fingir que sucessivos casos de abuso sexual no transporte público não são um tipo de violência, de estupro [violação]. Vamos ser claros e usar os termos corretos: é estupro!”, começa por defender na sua página de Instagram.

“Quando uma mulher passa por qualquer tipo de violência contra o seu corpo, não existe outro nome além de estupro. A violência não é apenas quando deixa traumas na pele. Os traumas psicológicos, a dor que fica na alma, permanece, e não passa com remédio ou tempo. É uma cicatriz aberta a cada nova impunidade, a cada novo caso”, adianta.

Queria muito que esse fosse um espaço apenas para boas novas e coisas bonitas. Mas sou mulher e mãe de uma menina. Não posso fazer como a Justiça brasileira e fingir que sucessivos casos de abuso sexual no transporte público não são um tipo de violência, de estupro. Vamos ser claros e usar os termos corretos: é estupro! Quando uma mulher passa por qualquer tipo de violência contra o seu corpo, não existe outro nome além de estupro. A violência não é apenas quando deixa traumas na pele. Os traumas psicológicos, a dor que fica na alma, permanece, e não passa com remédio ou tempo. É uma cicatriz aberta a cada nova impunidade, a cada novo caso. A gente não pode achar normal estar vulnerável a um maníaco sexual que se masturba no ônibus. Muito menos que um juiz não considere isso um tipo de violência, apesar de todas as testemunhas e o terror da cena descrita. Basta dessa violência, basta de abrandar os crimes contra as mulheres. Quero que minha filha viva numa sociedade onde mulheres são tratadas com respeito e que ela tenha a certeza de que as leis funcionam corretamente. #Repost @marieclairebr ・・・ O que houve então, Juiz? Além de constrangedora, uma ejaculação indesejada no pescoço, de acordo com o código penal, é sim estupro. #SerMulherNoBrasil #seeudissernãoéestupro #constrangimentoOUestupro #chegadeassédio

Uma publicação partilhada por Deborah Secco (@dedesecco) a Set 1, 2017 às 9:21 PDT

“A gente não pode achar normal estar vulnerável a um maníaco sexual que se masturba no autocarro. Muito menos que um juiz não considere isso um tipo de violência, apesar de todas as testemunhas e o terror da cena descrita. Basta dessa violência, basta de abrandar os crimes contra as mulheres. Quero que minha filha viva numa sociedade onde mulheres são tratadas com respeito e que ela tenha a certeza de que as leis funcionam corretamente”, termina

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