Paulo Futre vai receber esta quarta-feira o telefonema dos dois filhos, tal como milhões de pais portugueses. "Ele diz que não liga a estas datas, mas nós deixamos-lhe na mesma uma mensagem a dizer 'Felicidades, Papito'", conta Paulo J. Futre, de 23 anos, o filho homónimo do 'sócio' mais conhecido de Portugal. A entrevista, da qual publicamos apenas uma parte, foi feita na casa de sempre, em Madrid, onde ainda hoje vive com a mãe, Isabel, e o irmão, Fábio.
Na dedicatória da sua biografia, Futre define os filhos como os maiores amores da sua vida. Como define o seu pai?
Como um irmão mais velho. Falo com ele à vontade sobre tudo, é muito liberal. Quando eu tinha uns 13 ou 14 anos, um dia chegou a casa com duas caixas enormes. A nossa mãe tinha saído e nós brincávamos aos Pokémons. E ele disse: "Filhos, aqui está tudo o que precisam de saber." Deu-nos dois beijos e foi-se embora. Abrimos as caixas e estavam cheias de revistas da Playboy, da Penthouse, caixas de preservativos e filmes pornográficos. Nunca mais jogámos aos Pokémons [risos].
Paulo Futre foi um pai presente?
Muito. Passávamos o dia em casa a brincar: eu, ele e o meu irmão, um ano mais novo. Sei que me deu muito o biberão. Como era complicado sairmos à rua - imaginem o que era agora o Cristiano Ronaldo ir às compras ao El Corte Inglés -, ficávamos em casa e havia sempre uns seis ou sete amigos do Montijo a viver connosco. Portanto, quando não era ele a mudar-me a fralda, eram os amigos.
Que prenda lhe quer dar neste dia através de O JOGO?
Quero dizer-lhe que vou procurar os filmes pornográficos para lhos devolver - sei que ele ainda está à espera deles. Ele vai-se rir com isto e uma gargalhada é sempre uma boa prenda.