Meteorologia

  • 11 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 15º MÁX 23º

Responsáveis do setor recusam problemas de sobrecarga turística

Os responsáveis pelo turismo em Portugal recusam haver problemas de sobrecarga turística, nomeadamente em Lisboa e no Porto, depois de ter sido revelado hoje que as cidades têm oito e nove vezes, respetivamente, mais turistas do que residentes.

Responsáveis do setor recusam problemas de sobrecarga turística
Notícias ao Minuto

12:19 - 04/04/18 por Lusa

Economia Cidade

À margem da 13.ª edição do Fórum de Turismo Internacional (FIT), o presidente do Turismo de Portugal (TP), Luís Araújo, e o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, relativizaram o problema levantado pelo estudo conduzido pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT), António Jorge Costa, que expôs que Porto e Lisboa têm uma maior pressão turística do que Londres, Barcelona e Praga.

Em respostas aos jornalistas, Luís Araújo preferiu sublinhar o "positivo que o turismo trouxe para as cidades e regiões", em termos de "revitalização urbana e criação de emprego", e acrescentou ainda que "atenuar" os números da dita "pressão turística" não é uma questão que cabe ao Turismo de Portugal.

"Temos de ver o efeito positivo que tem e como potenciar este efeito. Com uma consciência de que as cidades têm que ser positivas para quem cá vem e para quem cá vive. Um dos grandes objetivos para os próximos 10 anos é que 90% das populações residentes nas regiões de maior densidade turista reconheçam a atividade turística como positiva para o país", explicou, acrescentado que o "turismo é o principal agente da mudança para um território agradável para turistas e residentes".

Melchior Moreira recusa a "ideia que se vende na imprensa de que há cidades com sobrecarga de turistas", comparando com outras cidades europeias com "problemas gravíssimos" como Veneza e Dubrovnik, afirmando que o Porto está longe desses resultados, apontando ainda para os resultados de crescimento em regiões como o Minho, Douro e Trás-os-Montes.

"Não está a prejudicar os residentes", disse o responsável pelo turismo nortenho, remetendo para os problemas da cidade há 10 anos atrás, que tinha um centro "desertificado" e que agora tem um "investimento claro no centro histórico e na regeneração urbana", procurando "criar outros espaços abandonados e atrativos em termos de promoção turística" e que os habitantes locais "beneficiam da atividade económica".

"Tem havido a preocupação com agentes públicos, com as câmaras municipais, associando o setor privado, movimento associativo e a área hoteleira para perceber o que temos para dar em termos de território para não haver situações de exagero, sobrecarga, mal-entendidos e indisponibilidade por parte de quem habita para receber os turistas. Isso era o pior que podia acontecer ao destino, serem mal recebidos pelos habitantes locais, ou não recebidos por ninguém por não haver locais", finalizou.

Por seu lado, durante o discurso, António Jorge Costa disse que o momento recente do turismo é um "bom prenúncio" e crê que a área está num bom caminho, mas alertou que se o crescimento não for bem gerido pode levar "à redução de qualidade de serviço e crescimento de oferta, recusando também ele a ideia da sobrelotação de turistas.

"Em Portugal não estamos no limiar do 'sobreturismo'. Há turismo concentrado em algumas regiões, mas cabe-nos a nós criar outras atrações para desconcentrar e 'não deitar fora a criança com a água [do banho]'. Porque durante anos a fio lutamos para que Portugal fosse um destino de sucesso em termos de turismo. Hoje temo-lo e, portanto, vamos saber gerir e tirar os dividendos que permite a todos ter qualidade de vida", comentou.

A conferência sobre o turismo em Portugal prossegue durante o dia hoje e conta ainda com a presença do presidente do IPTD, António Jorge Costa, e do presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório