China retalia. Vai aumentar taxas alfandegárias a produtos dos EUA
Pequim publicou hoje uma lista de produtos norte-americanos, que em 2017 valeram 50.000 milhões de dólares nas importações chinesas, e que poderão sofrer um aumento das taxas alfandegárias, parte de uma disputa comercial com Washington.
© Reuters
Economia Comércio
A data para aumentar 25% nos impostos sobre as importações de soja ou aviões norte-americanos será anunciada mais tarde, dependendo se Washington avança com taxas alfandegárias que penalizarão as exportações chinesas no mesmo valor, segundo as autoridades chinesas.
Na terça-feira, a representação dos EUA para o comércio internacional (USTR, na sigla em inglês) divulgou uma lista de importações chinesas às quais propõe aplicar taxas alfandegárias, como retaliação pela "transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana".
As taxas propostas por Washington, e que só poderão entrar em vigor depois do período de apreciação pública, que termina em 11 de maio, afetam 1.300 produtos chineses de vários setores, incluindo aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou ainda robótica e máquinas.
Um aumento dos impostos sobre aqueles setores é especialmente sensível para a liderança chinesa, que quer transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades nos setores de alto valor agregado.
Observadores consideram que as crescentes disputas comerciais entre a China e os EUA podem levar outros países a aumentar as barreiras às importações, abalando o comércio mundial.
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