Meteorologia

  • 08 MAIO 2024
Tempo
19º
MIN 17º MÁX 30º

Crescimento da procura de petróleo vai parar no final da década de 2030

O crescimento da procura mundial de petróleo vai parar durante os últimos anos da década de 2030, prevê a petrolífera britânica BP na sua análise anual das perspetivas do mercado de energia, divulgada hoje.

Crescimento da procura de petróleo vai parar no final da década de 2030
Notícias ao Minuto

21:22 - 20/02/18 por Lusa

Economia BP

O aumento da produção de petróleo de xisto pelos EUA vai determinar o crescimento da oferta na próxima década, segundo o documento "Energy Outlook 2018" da empresa.

Porém, em torno de 2030, os analistas previram que os produtores do Médio Oriente vão adotar uma nova estratégia para aumentar a sua quota de mercado e tornar a ultrapassar a produção norte-americana.

No setor dos transportes, o crescimento da procura de petróleo nas próximas décadas vai ser dirigido pelos meios aéreos, marítimos e ferroviários, mas vai começar a parar antes de 2040.

A partir daí, a principal fonte de crescimento na procura de petróleo estará nos usos "não combustíveis", em particular como matéria-prima para a indústria petroquímica.

Durante o período considerado, a BP antecipa que a procura de gás natural vai crescer "de forma sólida" e chegar a superar o carvão como a segunda fonte de energia.

A petrolífera sublinhou mesmo assim a importância crescente dos automóveis elétricos, que em 2040 vão representar 15% dos automóveis em circulação -- estimados em dois mil milhões -- e fazer 30% dos quilómetros percorridos por veículos ligeiros de passageiros.

Mesmo assim, "a ideia de que o rápido crescimento dos carros elétricos vai provocar o colapso da procura de petróleo simplesmente não está apoiada nos números mais primários", assinalou, em comunicado, o economista-chefe do grupo, Spencer Dale.

A BP antecipou também um aumento em 400% das energias renováveis, avanço este impulsionado pela crescente competitividade da produção de energia solar e eólica.

Os subsídios a estas produções vão desaparecer de forma paulatina a partir da segunda metade da década de 2020, à medida que possam fazer concorrência às energias fósseis.

A China vão ser a principal fonte de crescimento neste setor, ao acrescentar mais potência, proveniente das fontes de energia renováveis nos próximos 20 anos, do que todos os Estados membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento.

"Em 2040, o petróleo, o gás, o carvão e os combustíveis não fósseis vão representar, cada um deles, um quarto da energia mundial", previu Dale.

O cenário analisado pela BP contempla um aumento das emissões de dióxido de carbono em 10% até 2040.

Apesar de se tratar de um aumento mais lento do que o ocorrido nos últimos 25 anos, "todavia está acima da acentuada descida que é necessário para conseguir cumprir os objetivos" da Cimeira do Clima, em Paris, preveniu o grupo petrolífero.

O administrador-delegado da BP, Bob Dudley, sustentou, por seu lado, que a estratégia da empresa tem de adaptar-se às "mudanças significativas" que se aproximam no mercado da energia.

"Não podemos prever para onde nos levam estas mudanças, mas podemos usar este conhecimento para estar alerta e preparados para assumir o nosso papel na altura de responder às necessidades energéticas do amanhã", afirmou Dudley.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório