Bruxelas recomenda que Portugal suba ritmo das reformas

A Comissão Europeia recomenda que Portugal reforce o ímpeto reformista, através de "reformas ambiciosas" que promovam o crescimento económico e uma consolidação estrutural sustentada, embora reconheça a recuperação da economia portuguesa nos últimos meses.

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Lusa
19/01/2018 16:34 ‧ 19/01/2018 por Lusa

Economia

Ajuda externa

"No futuro, o desafio é fortalecer o ímpeto reformista. Neste aspeto, são necessárias reformas ambiciosas que promovam o crescimento económico e uma consolidação estrutural sustentadas para melhorar a resiliência da economia a choques", afirma Bruxelas no relatório sobre a missão de acompanhamento pós-programa que decorreu entre novembro e dezembro passados e divulgado hoje.

Este relatório aprofunda as conclusões fundamentais que já tinham sido publicadas logo após ao dia seguinte do final da missão e estará em debate na próxima reunião do Eurogrupo, a primeira presidida pelo ministro português das Finanças, Mário Centeno.

No documento, a Comissão Europeia reconhece que, nos últimos seis meses, o "crescimento económico acelerou" e que a "situação económica e financeira de Portugal de curto prazo melhorou e foram feitos progressos importantes para resolver riscos de curto prazo", mas que o desafio futuro é não perder ritmo.

Bruxelas recorda que o Produto Interno Bruto (PIB) e o emprego devem "aumentar significativamente" em 2017, devido às exportações e ao investimento, mas adverte que, apesar da "melhoria importante", a quota do investimento no PIB "permanece bem abaixo da sua média" no longo prazo.

"Projeta-se que o investimento represente 16% do PIB, o que ainda é um dos indicadores mais baixos da União Europeia e marca um declínio substancial do pico de 28% no PIB em 2000, quando estava entre os mais elevados da União Europeia", afirma.

A Comissão recorda que o crescimento do emprego foi superior ao do PIB até outubro, relacionando-se com o turismo, a construção e a indústria, mas que o "crescimento salarial permanece subjugado em termos agregados", uma vez que a maioria da criação de emprego ocorreu em setores de baixas qualificações e de salários abaixo da média.

"Além disso, permanece alguma falta de dinamismo do mercado do trabalho, o que limita uma aceleração significativa no crescimento salarial", afirma Bruxelas, considerando que algum do desemprego em Portugal "ainda não recuperou totalmente da crise, o que deve continuar a conter as dinâmicas salariais, pelo menos no curto prazo".

Por outro lado, a Comissão defende que as reformas estruturais - na área do mercado de trabalho, da simplificação administrativa e da justiça, por exemplo - podem apoiar a competitividade.

 

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