"Nós acreditamos que os serviços têm condições, ainda com falta de pessoal, para cumprir o que está no Orçamento do Estado que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2018", disse Helena Rodrigues à saída de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Fátima Fonseca, no Ministério das Finanças.
Segundo a lei do Orçamento do Estado para 2018, o descongelamento das progressões na carreira será feito em dois anos e parte do acréscimo salarial (25%) terá de ser pago com o salário de janeiro. Porém fonte do Ministério das Finanças defende que, em alguns casos, o acréscimo será pago mais tarde, mas com retroativos.
"Se é a remuneração do trabalho que está em causa, receber em janeiro, fevereiro ou março ou depois não é exatamente igual", sublinhou a dirigente do STE, defendendo que "os serviços têm de desenvolver todos os mecanismos e de rapidamente darem cumprimento ao que está na lei".
Para Helena Rodrigues, os serviços "estão há muito preparados" para o processo de descongelamento de carreiras, pelo que o Governo estará "eventualmente a gerir expectativas", ou seja, "a baixar as expectativas para depois dizer que está a correr tudo bem".
A presidente do STE disse ainda que na reunião com a governante, foi discutida a "possibilidade de fazer um acordo negocial" sobre as matérias da administração pública a debater nos próximos tempos.