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"Governo não vai conseguir cortar os 4,7 mil milhões na despesa"

O economista João Ferreira do Amaral criticou hoje a “dose de austeridade” aplicada pelo Governo e disse que não vai conseguir cortar os 4,7 mil milhões de euros na despesa.

"Governo não vai conseguir cortar os 4,7 mil milhões na despesa"
Notícias ao Minuto

16:17 - 19/06/13 por Lusa

Economia Ferreira do Amaral

"Eu creio que não é possível cortar os 4,7 mil milhões de euros que o Governo português se obrigou em relação à ‘troika’, afirmou o economista na conferência “E se Portugal sair do euro? ”, organizado pelo Diário Económico e que se realizou em Lisboa.

O economista, que é um dos defensores da saída de Portugal da zona do euro, disse ainda que o corte na despesa naquele valor “é completamente impossível” face aos feitos económicos que “gerará na economia”, além de não ter “aceitabilidade social”.

No fundo, Ferreira do Amaral, admitiu que este caminho [da austeridade] está bloqueado a muito curto prazo”, até porque os comportamentos das pessoas “são outros” quando o desemprego atinge níveis tão elevados.

Para ferreira do Amaral, quando “o medo em relação ao futuro” é “muito elevado”, as pessoas já não gastam e tentam guardar o mais possível para fazer face ao futuro, pelo que o impacto da austeridade “é muito mais pronunciado” levando a quebras do consumo, do Produto Interno Bruto (PIB) e, portanto, das receitas públicas de tal ordem que se entra na “famigerada espiral recessiva”, salientou.

Outro dos oradores, Mira Amaral, atualmente presidente do Banco BIC português, criticou também a solução de austeridade levada por diante pelo Governo, mas discordou de uma saída da zona euro e o consequente abandono do euro.

O antigo ministro da Economia no Governo do atual Presidente da República, Cavaco Silva, advogou um caminho de “austeridade mais leve” e rejeitou um modelo de economia baseado em “baixos salários”.

A receita, de segundo Mira Amaral, para já é "esperar que a Alemanha compreenda e suavize alguma coisa para aguentarmos isto".

Já o ex-ministro das Finanças, José da Silva Lopes, considerou que a área do euro não vai subsistir se não se avançar para uma “federalizarão orçamental”.

Como motor para sustentar o crescimento da economia portuguesa, Silva Lopes vê apenas o reforço das exportações para países fora da União Europeia, pois a pois a posição de Portugal face aos restantes países europeus nesta matéria “é [ainda] muito grande.

O economista da Universidade da Madeira, Ricardo Cabral, o último a falar manifestou ser um defensor da permanência de Portugal no euro, mas condicionou-a a uma reestruturação da dívida.

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