"Este não é um processo novo", garante EDP. "Foi amplamente escrutinado"
António Mexia deu esta manhã os primeiros esclarecimentos sobre o processo de investigação que envolve a EDP, a REN e o Boston Consulting Group.
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Economia António Mexia
Ladeado por João Manso Neto, líder da EDP Renováveis e também envolvido no processo, e por Eduardo Catroga, o presidente da EDP refutou as acusações do Ministério Público e esclareceu pela primeira vez o processo de investigação que levou a buscas da Polícia Judiciária nos escritórios das três empresas envolvidas.
"Temos pena de não ter conseguido fazer estes esclarecimentos na sexta, mas só tivemos acesso ao processo ontem (segunda-feira)", começou por dizer António Mexia numa conferência de imprensa realizada na sede da EDP esta manhã, antes de partir para o ataque: "Este não é um processo novo, é um processo antigo, que tem décadas e que foi amplamente escrutinado ao longo de décadas, pelo Governo, pelo Parlamento e pela Comissão Europeia".
Com o objetivo de "ajudar a compreender a investigação em curso", a administração da EDP revelou que "as pessoas em causa estavam a agir como representantes legais dos órgãos" e de acordo com decisões "colegiais".
Em causa estão os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), que substituíram os Contratos de Aquisição de Energia (CAE), a partir de 2004.
Sobre o polémico processo de substituição dos CAE pelo CMEC, o âmago da investigação, António Mexia garante que "não houve nenhum benefício para a EDP nem em 2004, nem em 2007" e lembra que todas as decisões foram tomadas pelo Estado português e validadas pela Comissão Europeia.
"A equipa da EDP, as doze mil pessoas que a compõem, e o conselho de administração não podem aceitar que com ligeireza se ponha em causa o bom nome das pessoas e sobretudo o desempenho da companhia ao longo de décadas", conclui António Mexia.
[Notícia atualizada às 10h25]
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