O Governo grego deveria ter terminado no final de maio 147 reformas para obter o visto da ‘troika’ para receber a nova tranche de 3.300 milhões de euros aprovados na última reunião do Eurogrupo.
O Governo quer evitar que a presença dos técnicos se prolongue com negociações intermináveis, como ocorreu noutras ocasiões.
Um dos pontos principais a debater será o lento processo de privatizações de propriedades e empresas estatais e a possibilidade de reduzir de novo o objetivo das receitas resultantes devido às dificuldades que se estão a apresentar.
Segundo as últimas previsões, o Estado deveria arrecadar com as privatizações 2.600 milhões de euros este ano, mas estuda-se a hipótese deste valor ser reduzido para 2.000 milhões de euros.
O Governo dirigido pelo conservador Antonis Samaras prevê também apresentar à ‘troika’ o programa de mobilidade para 12.500 funcionários e o encerramento de dois organismos do Estado para cumprir o compromisso de eliminar 2.000 postos de trabalho públicos antes do final deste mês.
A Grécia comprometeu-se a eliminar 15.000 empregos públicos até ao final de 2014.
O executivo também prevê anunciar antes do final de junho o plano para liberalizar totalmente a energia e a privatização da companhia pública de eletricidade DEI.
Outra prioridade do Governo é a aprovação no parlamento do projeto de lei contra a corrupção.
Uma das principais prioridades da ‘troika’, além do programa de privatizações, é conhecer os planos de Atenas para melhorar a obtenção de receitas fiscais, um dos pontos mais atrasados porque há muita evasão fiscal dos grandes capitais.
O Governo de Atenas também quer convencer a ‘troika’ do empurrão económico que resultaria no próximo verão a descida da atual taxa de IVA de 23% para a restauração e as atividades de turismo.
A ‘troika’ tem recusado a descida desta taxa, alegando que esta não está prevista no memorando.
Os chefes da delegação da ‘troika’ só deverão chegar dentro de dias, estando previsto que se reúnam com o ministro das Finanças grego só a 10 de junho.