"O prémio de produtividade devia ter sido pago no final do mês de março, mas só receberam esse prémio os trabalhadores filiados em sindicatos da UGT e os cerca de 230/250 trabalhadores não sindicalizados", disse à agência Lusa o sindicalista Hélder Guerreiro, do SITESUL - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul.
Já "os mais de 200 trabalhadores filiados em sindicatos da CGTP/IN, que não subscreveram o novo AE, não receberam o prémio de produtividade", acrescentou o sindicalista, que acusou a empresa de "discriminação" para "chantagear" os trabalhadores que não subscreveram o documento.
Hélder Guerreiro falava à agência Lusa no final de uma reunião plenária de trabalhadores da refinaria de Sines, que decidiram mandatar a comissão sindical para acompanhar outras reuniões plenárias dos trabalhadores da Petrogal, no Porto e em Lisboa, marcadas para quarta e quinta-feira.
Segundo Hélder Guerreiro, os sindicatos afetos à CGTP/IN nunca poderiam subscrever um acordo que, nos termos em que é proposto, significaria "carta-branca" à administração da Petrogal para decidir questões salariais e eventuais reduções de direitos adquiridos e que estavam consagrados no anterior acordo.
"É uma situação que já se arrasta há três anos", acrescentou o sindicalista, adiantando que os trabalhadores da refinaria de Sines poderão acompanhar eventuais formas de luta que venham a ser decididas pelas estruturas sindicais de Lisboa e Porto.
A agência Lusa contactou fonte oficial da Petrogal que recusou prestar declarações, alegando não comentar questões internas da empresa.