Poucas pessoas fora dos Estados Unidos conheciam Barack Obama antes da eleição em 2008 e mesmo no seu próprio país, seria difícil encontrar quem conseguisse dizer com exatidão todo o caminho percorrido por aquele que foi, durante oito anos, o 'homem mais poderoso do mundo'.
Com o passar dos anos e com a divulgação das declarações de rendimentos (algo que Obama já fazia antes de entrar na Casa Branca), foi-se desfiando o novelo e agora, grande parte da vida financeira adulta de Barack e Michelle é conhecida e é possível saber de onde veio o dinheiro que tinham antes de entrarem na Casa Branca e calcular quanto vale a fortuna da família hoje em dia.
O Economia ao Minuto traçou um perfil anual dos rendimentos dos Obama com ajuda da revista Fortune, permitindo chegar à soma de 24 milhões de dólares (22,4 milhões de euros) de valor familiar: 12,2 milhões de dólares (11,4 milhões de euros) para Barack e 11,8 milhões de dólares (11 milhões de euros) para Michelle.
Esta fortuna foi construída graças aos livros que Barack Obama escreveu, cujos contratos permitiram ganhar mais de 3 milhões de euros sem contar com 'royalties', graças aos ganhos em múltiplos investimentos, desde fundos a títulos da dívida norte-americana e graças ao salário de presidente, que nos Estados Unidos é de cerca de 400 mil dólares (375 mil euros) por ano. O direito a seguro de saúde, deslocações pagas, fundo para gastar em entretenimento, proteção constante e habitação gratuita permitiram aos Obama poupar muito dinheiro, que será parcialmente usado na 'reforma dourada'.
Recorde-se que mesmo após sair da Casa Branca, Barack Obama continuará a ter direito a um fundo anual vitalício de 205 mil dólares (191 mil euros), seguro de saúde gratuito vitalício e proteção até ao último dia de vida. Existe também um fundo disponível para gerir escritórios e assistentes pessoais, que o ex-presidente George Bush, por exemplo, aproveitou para gastar mais de um milhão de euros no ano passado.
No entanto, há pelo menos um prémio que não conta para a fortuna dos Obama: quando ganhou o Prémio Nobel da Paz em 2009, o ex-presidente dos Estados Unidos da América doou os 1,3 milhões de euros recebidos da Academia Sueca a um conjunto de instituições de caridade.