POUPANÇA NO MINUTO
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"Todas as medidas são susceptíveis de ser alteradas"
O ministro das Finanças Vítor Gaspar reuniu-se na segunda-feira com o Eurogrupo e anunciou a conclusão da sétima avaliação da troika ao programa de ajustamento português. Vítor Gaspar explicou ontem em Bruxelas os pormenores da carta enviada pelo primeiro-ministro a Durão Barroso, Christine Lagarde, e Mario Draghi. Os cortes nas pensões mantêm-se, mas com a garantia de poderem ser substituídos por outras medidas ou até mesmo de serem eliminados, escreve esta terça-feira o jornal i.
© DR
Economia Gaspar
Vítor Gaspar esteve reunido em Bruxelas com os ministros das Finanças da zona euro. Em cima da mesa esteve a sétima avaliação ao programa de ajustamento português e a carta de Pedro Passos Coelho à troika na qual são apresentadas as novas medidas de austeridade que visam substituir aquelas chumbadas pelo Tribunal Constitucional. A chamada TSU a aplicar aos reformados foi aceite pelos credores do País, bem como a possibilidade de esta vir a ser substituída por outras medidas que apresentem os mesmos resultados, isto é, uma poupança na ordem dos 436 milhões de euros.
Mesmo que não sejam encontradas novas medidas pelo Executivo, os cortes nas pensões podem cair caso o Governo tenha margem de manobra orçamental.
“Todas as medidas nesta lista são susceptíveis de ser alteradas”, disse Vítor Gaspar em Bruxelas. Uma ideia também defendida por Passos Coelho na carta enviada a 3 de Maio à troika: “De forma a permitir a construção do consenso, está previsto que algumas medidas sejam substituídas por outras de semelhante qualidade e efeito orçamental”.
Na mesma missiva, o primeiro-ministro sublinhou o facto de “o valor global” de cortes e poupanças apresentado ser “superior ao necessário, dando-nos assim uma margem para diminuir a contribuição de sustentabilidade do sistema de pensões”.
A avaliação do sétimo exame regular do Programa de Assistência Económica e Financeira ficou ontem concluída. No entanto, a nova tranche de dois mil milhões de euros ainda não foi entregue. Primeiro a troika tem de entregar ao Eurogrupo o relatório final que já inclui os novos cortes anunciados por Pedro Passos Coelho.
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