Foi esta tarde, na Assembleia da República, que António Correia de Campos fez o seu discurso de tomada de posse enquanto novo presidente do Conselho Económico Social (CES), deixando diversos elogios à relevância deste órgão estatal.
“Honrado pela presença” daqueles que o elegeram, o socialista começou por dizer que “o CES tem a obrigação de ser consultado e o dever de emitir opiniões em matéria económica e social”, opiniões essas que serão sempre “preliminares à decisão final”, que cabe ao Estado.
O aconselhamento que cabe ao CES, explicou, “consiste em declarações de ciência” e “juízos de apreciação”, que lhe conferem atualmente “o estatuto de órgão auxiliar constitucional”, composto por uma “experiência acumulada” que lhe permite analisar “o desempenho da economia e abrir o conhecimento do que se prospetiva no difícil contexto de interdependência em que vivemos”.
É, por isso, da obrigação do CES “olhar para lá do imediato, intuindo o que irá acontecer” de modo a recomendar “cautelas e avanços que ajudem os órgãos de soberania a trilharem caminhos com menos surpresas”. “Quanto mais longe ou fundo se for no reconhecimento da realidade, menor será a dúvida, afastando reservas mentais na negociação”, acrescentou
Apesar dos inúmeros elogios tecidos a esta organização pública, o ex-ministo afirmou, em jeito conclusivo, que “muito trabalho de promoção e divulgação está ainda por realizar”.