"Portugueses merecem que Europa dê mais tempo para ajustamento"
Os esforços feitos pelos cidadãos portugueses devido à implementação de medidas de austeridade que corrijam os desequilíbrios económicos do País devem ser recompensados com o alargamento do prazo de pagamento dos empréstimos internacionais, defendeu esta sexta-feira o banqueiro António Horta Osório.
© Lusa
Economia Horta Osório
"Portugal, tal como a Irlanda, tem feito um esforço muito significativo de austeridade para podermos passar a viver de novo dentro das nossas posses. E o exemplo de Portugal, e da Irlanda, tem que ser apoiado pela Europa em termos de solidariedade, e ser concedido mais tempo para o ajustamento, dado o enorme esforço feito pelo povo português", afirmou à agência Lusa o presidente do Lloyd Banking Group.
"O povo português merece e acho que a Europa deve dar mais tempo. Estou absolutamente convencido que vai dar mais tempo em termos da solidariedade do projecto europeu", reforçou Horta Osório.
O líder da segunda maior instituição financeira do Reino Unido falou à Lusa à margem de um almoço promovido pela Câmara do Comércio Luso Britânica, na residência oficial do embaixador britânico em Lisboa, ainda antes de ter sido conhecida a decisão dos ministros das Finanças da zona euro de aprovarem, em Dublin, o alargamento em sete anos do prazo para Portugal e a Irlanda pagarem os empréstimos concedidos ao abrigo dos programas de ajustamento.
O anúncio foi feito pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, em conferência de imprensa no final da reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro, explicando que uma decisão "positiva" depende ainda do que for decidido hoje, no encontro alargado aos titulares da pasta das Finanças dos 27 Estados-membros (Ecofin).
Segundo Dijsselbloem, trata-se de uma "decisão conjunta" do Eurogrupo e do Ecofin, pelo que será necessário esperar pelas conclusões da reunião dos ministros das Finanças dos 27.
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