Apoio financeiro aos filhos é inevitável para os pais portugueses

Quase todas as famílias vivem com a preocupação de ajudar os mais novos a manter uma vida estável. Crise nacional é uma das principais razões para o suporte extra.

Grandes famílias, maus comportamentos? Estudo diz que sim

© PixaBay

Bruno Mourão com Ana Lemos
10/06/2016 09:05 ‧ 10/06/2016 por Bruno Mourão com Ana Lemos

Economia

Estudo

O desemprego jovem está a descer progressivamente desde o auge da crise económica que afetou Portugal, mas para os jovens, a realidade ainda não é a mais animadora. 

Apesar das elevadas qualificações e da vontade de entrar no mercado de trabalho para construir uma vida independente, uma parte significativa dos filhos é obrigada a recorrer à ajuda dos pais em idades que noutros tempos eram de liberdade financeira. Para os pais, a realidade é preocupante, mas quase ninguém pondera deixar de apoiar os filhos em situação de necessidade. 

Num estudo realizado pelo Cetelem, 93% dos inquiridos considera que ajudar os filhos financeiramente já depois de saírem de casa é inevitável, uma percentagem que está entre os números mais altos da Europa. Apenas em Espanha os pais chegam a um nível semelhante de preocupação com os filhos, uma situação que é explicada pelas dificuldades económicas. 

"Trata-se de dois países onde a entrada na vida ativa é bastante mais difícil e onde as taxas de desemprego são muito elevadas, especialmente entre os jovens", explica Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem, em comunicado enviado à redação do Economia ao Minuto. 

No que toca à preocupação com o futuro social e financeiro dos filhos, cerca de 88% dos pais portugueses assumem-se muito apreensivos com a probabilidade de fracasso dos filhos, uma realidade apenas ultrapassada em Espanha (92%). 

"não é de estranhar que, em Portugal e em Espanha, os pais se mostrem mais preocupados com a situação financeira e pessoal dos seus filhos (…) naturalmente que esta tendência também reflete caraterísticas dos próprios povos e os da europa do sul são conhecidos pela proximidade à família", conclui Diogo Lopes Pereira. 

Com cerca de 80% dos pais a admitirem pagar ou ajudarem a pagar despesas correntes dos filhos, a realidade financeira em Portugal parece estar longe do equilíbrio pretendido.

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