Empresa angolana de cimentos vai explorar gesso em 600 hectares

A empresa Cimentos Nacionais de Angola (CNA), ligada ao grupo português Galilei, obteve concessões do Governo angolano para a exploração de gesso numa área total de quase 620 hectares, na província de Benguela.

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Lusa
10/05/2016 09:47 ‧ 10/05/2016 por Lusa

Economia

Benguela

Luanda, 09 mai - A empresa Cimentos Nacionais de Angola (CNA), ligada ao grupo português Galilei, obteve concessões do Governo angolano para a exploração de gesso numa área total de quase 620 hectares, na província de Benguela.

As duas concessões sobre os direitos mineiros da exploração industrial de gesso atribuídas à CNA, de acordo com despachos governamentais consultados hoje pela Lusa, dizem respeito a áreas na comuna de Dombe Grande, no município de Baía Farta.

Acrescentam os despachos que estas duas explorações visam garantir o abastecimento de matéria-prima para a fábrica de produção de cimento que a CNA detém em Benguela.

O grupo português Galilei - ex-Sociedade Lusa de Negócios/detentora do BPN - anunciou em 2013 a entrada no setor dos cimentos em Angola, em parceria com o grupo alemão HeidelbergCement. Envolvia então um investimento anunciado de 370 milhões de dólares (325 milhões de euros) na Cimentos Nacionais Angola (CNA), para uma capacidade instalada inicial de dois milhões de toneladas de cimento.

A Lusa noticiou em janeiro que o Governo angolano decidiu manter a proibição de importação de cimento em 2016, alegando que a capacidade instalada no país ultrapassa largamente as necessidades internas.

Apenas as províncias de Cabinda, Cunene e Cuando Cubango, a título excecional e obrigando a pedidos devidamente fundamentados, mantém este ano uma quota de importação individual de 150 mil toneladas.

O decreto que institui a medida, assinado em conjunto pelos ministros da Economia, da Indústria, do Comércio e da Construção, justifica a decisão com o investimento feito pelo setor nos últimos anos.

Assim, segundo o decreto - que aperta as restrições às importações deste produto -, a capacidade instalada em Angola ronda os oito milhões de toneladas, para um consumo de 5.022.000 de toneladas em 2014, "acrescido do facto de, ao longo do ano de 2015, se terem constado indícios crescentes do nível de exportação do cimento, sem colocar em causa as necessidades internas".

Numa posição conjunta com a Comissão do Setor do Cimento e a Associação da Indústria Cimenteira de Angola (AICA), o Governo angolano justifica esta decisão com a necessidade de adotar "medidas disciplinadoras que visem acautelar a importação desnecessária de cimento, na defesa da produção e da indústria nacional".

Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, com 1,7 milhões de barris de crude por dia, mas enfrenta uma forte crise económica, financeira e cambial, decorrente da quebra da cotação daquele que é o seu principal produto de exportação nos mercados internacionais.

PVJ // VM

Noticias Ao Minuto/Lusa

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