Descida de preços ao consumidor depende do mercado

A entidade reguladora das telecomunicações (Anacom) garantiu esta segunda-feira que tem tomado medidas para que os preços desçam, mas lembrou que não pode fazer imposições nos valores cobrados aos consumidores, já que isso depende do equilíbrio do mercado.

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Lusa
25/03/2013 13:16 ‧ 25/03/2013 por Lusa

Economia

Telecomunicações

A entidade reguladora reagia à entrevista à Lusa do chefe da missão do Fundo Monetário Internacional em Portugal, Abebe Selassie, que criticou o facto de os preços da luz e das telecomunicações não descerem mais.

"Na nossa área de competência, grossista, temos tomado as medidas" para proporcionar uma redução dos preços das telecomunicações, afirmou à Lusa fonte oficial da Anacom.

Recordando "as descidas das tarifas de terminação fixas e móveis", a mesma fonte garantiu que "a nível grossista as descidas existem" e que foram criadas "condições para que os preços de retalho desçam".

No entanto, sublinhou, essas condições para baixar os preços cobrados aos consumidores não podem ser impostas no retalho.

A Lusa também contactou o regulador da energia (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos -- ERSE), que preferiu não avançar comentários.

O chefe da missão do FMI, Abebe Selassie, considerou, no domingo, ser muito desapontante o facto de os preços da electricidade e das telecomunicações não terem descido e disse que esta questão é importante para garantir que os sacrifícios são repartidos de forma justa.

Em entrevista à Lusa por telefone a partir da sede do FMI, em Washington, Abebe Selassie, voltou a demonstrar algum desalento das instituições internacionais sobre as reformas no mercado de produto e, apesar de elogiar a tentativa do Governo, afirmou que a troika de ajuda financeira internacional vai estar atenta aos desenvolvimentos nestes sectores e se necessário revisitar o que já foi feito.

"Penso que o principal objectivo para os preços da electricidade, das telecomunicações e de outros sectores não transaccionáveis é se estão em linha ou começam a cair à medida que a concorrência aumenta ou a procura diminui. Até agora não o estamos a ver e isso é muito desapontante. Se não responderem às condições económicas penso que definitivamente teremos de olhar para o que o se passa e revisitar as reformas", afirmou o responsável máximo da equipa do FMI para Portugal.

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