Colômbia é "crucial para o grupo Jerónimo Martins"
O presidente do Conselho de Administração da Jerónimo Martins afirmou hoje que a Colômbia "é crucial para o grupo" por ser uma "fonte de inovação".
© Reuters
Economia Soares dos Santos
Pedro Soares dos Santos falava em Barranquilha, Colômbia, num encontro com vinte analistas e investidores sobre a aposta naquele mercado, o primeiro do género desde que o grupo anunciou a entrada na América do Sul.
"A Colômbia é crucial para o grupo Jerónimo Martins porque é uma fonte de inovação", afirmou o gestor.
"É muito importante e terá impacto a curto/médio prazo no grupo", acrescentou Pedro Soares dos Santos.
Questionado pelos jornalistas, após o encontro com analistas, sobre o assunto, Pedro Soares dos Santos salientou que Portugal é "uma sociedade que caminha para o envelhecimento", à semelhança da Polónia, mercados onde a Jerónimo Martins está presente.
"Aqui [na Colômbia] mais de metade da população está abaixo dos 25 anos, já vivem na era digital" e têm "uma vontade de afirmação completamente diferente", pelo que "há coisas aqui aproveitáveis" para o mercado português e polaco, adiantou.
A Jerónimo Martins anunciou hoje que pretende ter 1.000 lojas em 2020, o que corresponderá a um investimento de 500 milhões de euros.
Ou seja, dentro de quatro anos a Jerónimo Martins espera ter mais lojas no mercado colombiano do que em Portugal, onde a rede Pingo Doce conta atualmente com 399 unidades.
"São 50 milhões [de pessoas na Colômbia] comparados com 10 milhões [em Portugal], é sempre uma diferença", disse aos jornalistas Pedro Soares dos Santos.
Até ao final da semana, a Ara (rede de supermercados colombiana do grupo) contará com 149 lojas.
Questionado sobre se pretende expandir o negócio para outras geografias, o presidente do Conselho de Administração da Jerónimo Martins admitiu essa possibilidade.
"Se fizermos bem aqui [na Colômbia] o nosso processo, acho que não se pode tirar do radar" a possibilidade de expansão para outros mercados, sendo que tal a acontecer "será nesta parte do mundo", disse, aludindo à América do Sul.
Relativamente à possibilidade de franchisar a marca, Pedro Soares dos Santos afirmou: "Não tiro do radar essa hipótese".
No entanto, essa ideia está afastada "neste momento".
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