Angola perdeu 8,5 mil milhões com a crise do petróleo em 2015

As receitas fiscais angolanas com a exportação de petróleo caíram 50,7 por cento em 2015, para 8,2 mil milhões de euros, segundo dados do Ministério das Finanças compilados hoje pela agência Lusa.

Estados Unidos dão sinais positivos ao mercado do petróleo

© Reuters

Lusa
03/02/2016 09:50 ‧ 03/02/2016 por Lusa

Economia

Receitas

Em causa está a crise provocada cotação internacional do crude que se faz sentir há mais de um ano, cuja quebra agravou as contas de Angola, o segundo maior exportador da África subsaariana, caindo de um preço médio de 100,41 dólares por barril em 2014 para 51,77 dólares em 2015.

O melhor registo de 2015 foi em junho, com 61,86 dólares por barril.

Em todo o ano, entre impostos ordinários e lucros da concessionária nacional, a exportação de petróleo rendeu a Angola 1,4 biliões de kwanzas (8,2 mil milhões de euros), contra os 2,8 biliões de kwanzas (16,7 mil milhões de euros) de 2014. Trata-se de uma quebra anual de 50,7%, correspondente a menos 8,5 mil milhões de euros de receitas, a taxas de câmbio atual.

No Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2015 o Governo estimava arrecadar cerca de 2,5 biliões de kwanzas (14,7 mil milhões de euros) com os impostos petrolíferos. Essa previsão caiu 59,3% - para 1.039 milhões de kwanzas (6,1 mil milhões de euros) - na revisão do Orçamento, realizada em março devido à quebra da cotação internacional do barril de crude.

Tendo em conta os números do Ministério das Finanças, o petróleo ainda rendeu mais dois mil milhões de euros do que a previsão do Governo para 2015.

A quantidade de petróleo bruto exportado por Angola aumentou de 599.111.030 barris, em 2014, para 645.104.720, em 2015.

Na origem destes dados estão números sobre a receita arrecadada com o Imposto sobre o Rendimento do Petróleo (IRP), Imposto sobre a Produção de Petróleo (IPP), Imposto sobre a Transação de Petróleo (ITP) e receitas da concessionária nacional.

Os dados constantes neste relatório do Ministério das Finanças resultam das declarações fiscais submetidas à Direção Nacional de Impostos pelas companhias petrolíferas, incluindo a concessionária nacional angolana, a empresa pública Sonangol.

O petróleo garantiu em 2014 cerca de 70% das receitas fiscais angolanas, mas em 2015 não deverá ter ultrapassado os 36,5%, de acordo com as projeções governamentais, devido à quebra na cotação do barril de crude.

 

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