EDP joga à defesa em 2013 para contra-atacar no ano seguinte
O presidente da EDP admitiu esta terça-feira que 2013 vai ser "tão ou mais difícil do que 2012", ano em que os lucros da eléctrica caíram, admitindo que será para "jogar à defesa" e criar condições para crescer em 2014.
© Lusa
Economia Mexia
"2013 vai ser um ano tão ou mais difícil do que 2012", admitiu hoje o presidente da EDP, António Mexia, na apresentação de resultados, considerando que, no actual exercício, "há várias coisas a menos e não haverá muitas a mais".
O presidente da EDP explicou que será um ano para "jogar à defesa", considerando que "é preciso começar por não sofrer golos para conseguir ganhar o jogo".
"Resiliência é jogar à defesa e criar condições para o contra-ataque. 2014 será o ano em que voltamos a crescer", declarou.
António Mexia disse que "em Portugal, esta noção de defesa parece ter um sentido negativo, mas é preciso começar por não sofrer golos para conseguir ganhar o jogo".
Em 2013, a EDP vai sentir na Península Ibérica e, sobretudo em Espanha, o impacto das medidas legislativas e das alterações regulatórios bem como o impacto da redução do investimento em energias renováveis.
A afectar as contas da eléctrica estará também o fecho da central térmica de Setúbal, que, segundo adiantou, era responsável por cerca de 100 milhões de euros.
"Será um ano de estabilização das nossas contas até porque muito do nosso investimento com impacto só vai entrar em 2014", acrescentou.
A EDP fechou 2012 com lucros de 1.012 milhões de euros, menos 10% do que no ano anterior, anunciou hoje a eléctrica liderada por António Mexia.
O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado caiu 3% para 3.628 milhões de euros em 2012, penalizado por uma queda de 22% (-147 milhões de euros) no Brasil, essencialmente devido a desvios tarifários e ao atraso no arranque da central brasileira de Pecem (-41 milhões de euros), segundo o comunicado da EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O presidente da EDP, António Mexia, considerou que 2012 foi um ano "particularmente exigente" em toda a Europa, com alterações legislativas e regulatórias, sendo que empresa mostrou "resiliência".
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