Na terça-feira, o real já havia registado a cotação mais baixa da sua história, desde 1994, de 4,03 para um dólar, na cotação comercial. Para tentar conter a desvalorização do real, o Banco Central realizou hoje dois leilões que equivalem à venda futura de dólares.
A desvalorização da moeda é justificada pelos analistas tanto por fatores da economia brasileira como por pressões externas.
Na terça-feira, o Governo do brasileiro anunciou prever uma queda de 2,44% do Produto Interno Bruto do país no ano em curso, e uma inflação de 9,29%, uma estimativa pior do que a apresentada anteriormente, de uma recessão de 1,49% e uma inflação de 9%.
O fator externo apontado é a desaceleração da indústria chinesa em setembro, que impulsionou o dólar face a outras moedas.
No campo político, apesar de o Congresso brasileiro ter votado a manutenção dos vetos da Presidente Dilma Rousseff a projetos de lei que poderiam resultar em gastos bilionários extra para o Governo até 2019, um dos pontos mais polémicos, o veto ao aumento dos salários de funcionários do setor judiciário, ainda não foi analisado, e pode gerar incertezas.
O mercado ainda espera pelo anúncio de reforma ministerial no Governo de Rousseff, que está previsto para esta semana.