A tecnológica sul-coreana disse que espera um lucro operacional de cerca de 4,6 biliões de wons (2,87 mil milhões de euros) para o trimestre que terminou em 30 de junho, valor que representa também uma queda de 31,2% face ao trimestre anterior.
Num comunicado, a Samsung anteviu vendas de 74 biliões de wons (46,1 mil milhões de euros) entre abril e junho, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado e menos 6,5% do que no trimestre anterior.
Num comunicado separado, a Samsung explicou que a divisão de soluções para dispositivos sofreu um declínio devido aos ajustes no valor das reservas e às restrições dos Estados Unidos à venda de semicondutores avançados para a China.
A empresa sediada em Suwon (a sul de Seul) indicou que espera uma recuperação na venda dos semicondutores mais avançados da Samsung, os HBM, e que os novos produtos já estavam a ser testados pelos clientes.
A Samsung refutou relatos de que os semicondutores HBM tinham falhado nos testes de qualidade da norte-americana Nvidia, a líder mundial em 'chips' de inteligência artificial.
No primeiro trimestre do ano, a tecnológica sul-coreana tinha anunciado um aumento de 1,2% no lucro operacional, em comparação com o mesmo período de 2024, graças ao desempenho dos novos telemóveis Galaxy S25.
A Samsung reportou vendas trimestrais recorde de 79,14 biliões de wons (48,6 mil milhões de euros) entre janeiro e março, impulsionadas pela forte procura por produtos mais caros, apesar do impacto das tensões comerciais e da desaceleração económica a nível mundial.
O negócio de semicondutores da Samsung, um dos pilares da tecnológica sul-coreana, gerou vendas no valor de 25,1 biliões de wons (15,4 mil milhões de euros) e 1,1 biliões de wons (676,1 milhões de euros) em lucro operacional.
O lucro da Samsung Electronics mais do que duplicou em 2024, tendo aumentado 122,5% para 34,5 biliões de wons (22,8 mil milhões de euros), apesar da desaceleração na procura de semicondutores.
Já o lucro operacional da Samsung cresceu quase cinco vezes em 2024, atingindo cerca de 32,7 biliões de wons (21,6 mil milhões de euros).
A empresa é a principal subsidiária do gigante sul-coreano Samsung Group, de longe o maior dos conglomerados familiares que dominam os negócios na quarta maior economia da Ásia.
A gigante tecnológica é uma das maiores produtoras de semicondutores do mundo, que são agora utilizados numa vasta gama de aplicações, desde eletrodomésticos a telemóveis, carros e armas.
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