"Temos agora de responder muito rapidamente às necessidades, as pessoas lá precisam de ajuda e nós não devemos negá-la só porque não estamos satisfeitos com o resultado do referendo [realizado no domingo e que rejeitou as condições do resgate financeiro impostas pelos credores], disse hoje à imprensa Sigmar Gabriel, que é também vice-chanceler da Alemanha.
"Espero que isto possa acontecer rapidamente. Penso que será também discutido amanhã (terça-feira) em Bruxelas" na cimeira do Eurogrupo, acrescentou.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, que fez campanha pelo 'sim' na reta final para o referendo, disse no domingo que a União Europeia deveria agora debater a possibilidade de fornecer assistência humanitária à Grécia.
"Os cidadãos comuns, pensionistas, doentes e crianças nos infantários não devem pagar o preço da situação dramática em que o Governo colocou agora o país", sustentou.
Schulz indicou que tal ajuda poderá incluir empréstimos de emergência a Atenas para manter os serviços públicos.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, tem afirmado repetidas vezes que uma vontade de austeridade liderada pela Alemanha provocou uma "catástrofe humanitária" no seu país de 11 milhões de pessoas, que já sofreu cinco anos de recessão, agitação popular e elevado nível de desemprego.
