"A probabilidade de contágio passou de 40% para 30%, uma vez que os 'spreads' alargaram-se menos do que o esperado", escrevem os analistas Themos Fiotakis, Reinhard Cluse, Yianos Kontopoulos e Ramin Nakisa numa nota enviada aos clientes e divulgada pela agência financeira Bloomberg.
Os analistas afirmam, no entanto, que é provável que as taxas de juro exigidas pelos investidores para negociarem dívida pública destes países deva aumentar.
Os juros da dívida de Portugal começaram o dia a cair em todos os prazos face ao dia anterior, alinhados com os da Itália e Espanha, contrariando a tendência dos últimos dias, em que estiveram a ser pressionados em alta devido às incertezas associadas à ausência de acordo entre a Grécia e os credores internacionais e a possibilidade de Atenas sair da zona euro.
Sobre o referendo de domingo na Grécia, a probabilidade de uma saída da Grécia da zona euro a curto prazo caso o 'Sim' vença é de 20%, mas sobe para 70% caso o 'Não' ganhe, antecipam estes analistas.
A Grécia deverá no domingo ir às urnas mostrar o apoio ou o desacordo com o programa de ajuda que estava a ser negociado até ao final da semana passada, mas a consulta está ainda dependente da validação do Tribunal Constitucional, que hoje vai pronunciar-se sobre a legalidade do referendo.
Os gregos são chamados a decidir se querem aceitar o acordo de princípio submetido pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, na reunião do eurogrupo de 25 de junho, que consiste em dois documentos que são uma proposta unificada; o primeiro chama-se 'Reformas para a Conclusão do Programa Atual e Mais Além' e o segundo 'Análise Preliminar à Sustentabilidade da Dívida'.