As taxas de juro usadas como referência para o crédito à habitação estão cada vez mais negativas, mas na prática, poucas famílias vêm os efeitos na prestação da casa.
A Euribor a três meses chegou pela primeira vez a juros abaixo de zero em maio, e segundo as regras do Banco de Portugal, esse impacto deve ser sentido nas amortizações mensais dos créditos.
O problema é que os bancos não abdicam das margens de lucro, os chamados spreads, reduzindo os efeitos dos juros negativos no bolso dos clientes. Segundo o Jornal de Negócios, num empréstimo de 100 mil euros a 30 anos, a revisão dos contratos vai trazer uma poupança de apenas 2,60 euros por mês.
Tendo em conta a percentagem de créditos indexados à Euribor a três meses, cerca de 666 mil famílias poderão passar a pagar menos ao banco na prestação da casa.