Jerónimo de Sousa diz que reforma do setor da água visa a sua privatização
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, criticou hoje a reforma do setor da água e adiantou que o objetivo central do Governo é a privatização deste bem público.

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Economia PCP
"Creio que os objetivos centrais do Governo visam a privatização desse bem público e afastar dos centros de decisão a gestão democrática das autarquias e, no essencial, aumentar os custos particularmente da água", afirmou o secretário-geral do PCP.
Jerónimo de Sousa falava à margem de um almoço-convívio com militantes que decorreu hoje em Castelo Branco.
Segundo o líder comunista, a reforma do setor da água "tem na sua fúria privatizadora a conceção neoliberal de liquidação de tudo o que é responsabilidade do Estado".
"Não tenhamos ilusões: se o Governo conseguir este objetivo, já não estamos só a falar da privatização de uma empresa, mas de um bem da vida que é a água e que deve unir todos os portugueses", sustentou.
Jerónimo de Sousa sublinhou que muitos autarcas de diferentes quadrantes políticos estão contra esta medida, que, acredita, "é possível travar e impedir".
O Governo concluiu na quinta-feira a reforma do setor das águas, que passa, segundo o executivo, por "um fortíssimo emagrecimento" do grupo Águas de Portugal, agregando 19 empresas regionais em cinco entidades e reduzindo custos em 2.700 milhões de euros.
Em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, afirmou que a criação de sistemas multimunicipais de abastecimento de água e saneamento do Norte, Centro Litoral e Lisboa e Vale do Tejo irá promover uma "harmonização tarifária" entre o interior e o litoral.
O governante referiu ainda que esta "importância da coesão territorial" se traduz na própria localização das sedes sociais das novas empresas, ficando a Águas do Norte S.A. em Vila Real, a Águas do Centro Litoral S.A. em Coimbra e a Águas de Lisboa e Vale do Tejo na Guarda.
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