Estes são os planos dos franceses para a PT
Dexter Goei, presidente executivo da Altice, ainda é um nome desconhecido para a maioria dos portugueses. Porém, depois de na passada semana a PT SGPS ter aprovado a venda da operadora portuguesa aos franceses, em conversa com os analistas, Goei deixou de se dirigir à PT como ‘eles’ e fala já em ‘nós’. Conheça os principais planos do gestor para a PT Portugal.
© Global Imagens
Economia Operadora
Dexter Goei já se sente ‘dono’ da PT Portugal. O presidente da Altice, em conferência telefónica com analista, explica o Jornal de Negócios desta segunda-feira, já se dirige à operadora portuguesa como ‘nós’, mostrando-se satisfeito com o desfecho da assembleia de acionistas da PT SGPS, que aprovou a venda aos franceses.
O plano do gestor, escreve a publicação económica, será, num primeiro momento, a melhoria das margens. Este é aliás ponto-chave na estratégia delineada e com resultados práticos em anteriores aquisições da Altice.
“Temos sido muito eficientes” no aumento das margens nas operações adquiridas, terá dito, acrescentando ainda que “sabemos, normalmente, onde os excessos estão”, conclui.
A ideia será no médio prazo, 12 a 18 meses, conseguir sinergias de custos na ordem dos 100 milhões de euros, ficando assim com margem para reduzir, no futuro, ainda igual montante, escreve o Jornal de Negócios. O objetivo é subir a margem EBITDA, no espaço de um ano, cerca de 10%, para os 50%.
A redução de custos e o aumento das margens surgem anunciadas ao mesmo tempo que a empresa francesa admite mesmo poder vir a aumentar a cobertura de fibra ótica em Portugal, igualando ou superando a concorrente direta, a Nos.
O investimento, a curto prazo, nunca deverá ultrapassar os 15% em relação ao volume de receitas, mas, ainda assim, apesar de a empresa descartar, para o imediato, uma entrada em bolsa da PT Portugal, Goei deseja a autorização das entidades da concorrência para começar a trabalhar ‘no terreno’.
Por agora, sabe-se que a venda da PT Portugal está avaliada em 7,4 mil milhões de euros, um valor que depende de variáveis, uma vez que 500 milhões dependem da evolução das vendas e outros 1,3 mil milhões de euros são responsabilidades com pré-reformas, contratos suspensos e outros passivos.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com