O anterior contrato de prestação de serviço noticioso e informativo entre a Lusa e o Estado era de 15 milhões de euros por ano, acrescidos de IVA. O montante agora autorizado para o próximo triénio confirma o corte de 30,9% das verbas destinadas à agência Lusa no Orçamento do Estado para 2013.
Os atuais 32,1 milhões de euros representam uma dotação anual na ordem dos 10,7 milhões de euros.
A agência Lusa anunciou no passado dia 14 de Novembro que vai cortar em 20% as ajudas de custos dos delegados no estrangeiro e subsídios de função dos trabalhadores com cargos de chefia, em consequência da redução no financiamento da empresa em cerca de 31%, ou 4,8 milhões de euros, em termos líquidos.
Além dos cortes em 20% nas ajudas de custos e subsídios de função, a agência de notícias vai ainda avançar com uma redução de, pelo menos, 11% na conta de fornecimentos e serviços externos (como compra de serviços e rendas, entre outros) e vai reduzir "a zero” os custos com as horas extraordinárias, de que fazem parte trabalho suplementar, como feriados.
O conjunto de cortes, aliado ao facto de terem saído da agência 24 trabalhadores no âmbito de um programa de rescisões voluntárias, "evita despedimentos ou cortes nos salários dos trabalhadores", informou então o presidente do conselho de administração da Lusa à comissão de trabalhadores da empresa.
Afonso Camões garantiu igualmente que em 2012, tal como em 2011, também "não vai haver distribuição de dividendos pelos accionistas".
A Lusa é detida em 50,14% pelo Estado. Os principais accionistas privados são a Controlinveste (23,36%) e a Impresa (22,35%).
