Após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, as autoridades europeias proibiram os meios de comunicação controlados pelo Kremlin de transmitir na UE, incluindo 'online', acusando-os de desinformação.
Mas mais de três anos depois, "os meios de comunicação sancionados continuam amplamente ativos e acessíveis" nos Estados-membros, afirma o relatório do ISD, citado pela agência de notícias France Press.
"Os meios de comunicação estatais russos continuam a manter uma forte presença 'online', o que constitui um desafio persistente para as democracias ocidentais", indica o documento, salientando que os bloqueios impostos pelos fornecedores de acesso à internet são "largamente ineficazes".
No âmbito das suas sanções, a UE proibiu os meios de comunicação RT (ex-Russia Today), Sputnik, bem como outros canais, agências de notícias e jornais controlados pelo Governo russo e acusados de conduzir uma "guerra informativa".
Cada Estado-membro é responsável por garantir que os bloqueios são implementados pelos fornecedores de acesso, tendo sido identificadas 26 entidades de comunicação social sancionadas, com 58 nomes de domínio diferentes.
De acordo com os investigadores, a Rússia tenta contornar as sanções utilizando várias táticas, como 'sites' espelho com endereços diferentes, bem como uma rede de 'sites' que se fazem passar por meios de comunicação ocidentais, conhecida como Pravda, visando 'chatbots' para atingir um público mais vasto.
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