Portugal "saiu bem" nos testes de stress mas "é possível fazer mais"
O secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, afirmou hoje em Lisboa que "Portugal saiu bem" nos testes de stress europeus à banca, defendendo, no entanto, que "ainda é possível fazer mais".
© Reuters
Economia Angel Gurría
"Portugal saiu bem, saiu positivo [nos testes de stress à banca]. O caso famoso do BES está reconhecido [como não tendo] um efeito sistémico importante nem um efeito fiscal [orçamental] importante", afirmou o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) na apresentação do 'Economic Survey', uma publicação da instituição sobre a economia portuguesa, que decorre hoje em Lisboa.
Angel Gurría disse ainda que, no caso do BCP, que chumbou no cenário mais adverso dos testes de stress, trata-se de "um banco que em 2014 já fez tudo o que era necessário" para melhorar os rácios que está obrigado a cumprir.
"Os bancos não são uma questão em Portugal (...) No caso de Portugal, esta é uma questão que está controlada", reiterou o secretário-geral da OCDE, referindo-se à situação do sistema financeiro português.
No entanto, Gurría alertou que "ainda é possível fazer mais", considerando que "os bancos podem ser incentivados a aumentar os fundos próprios ainda mais se necessário" e que é preciso criar mecanismos para que "os prejuízos sejam detetados atempadamente".
O BCP foi o único banco português "a chumbar" nos testes de stress do Banco Central Europeu (BCE) e da Autoridade Bancária Europeia (EBA) no cenário mais adverso, enquanto CGD e BPI tiveram nota positiva.
Nuno Amado, presidente do BCP, sublinhou que o banco passaria nos testes de stress se fossem feitos tendo em conta os dados atuais e não de dezembro de 2013 e garantiu que o banco não vai precisar de um aumento de capital nem de vender ativos.
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