Submarinos 'renderam' 16 milhões a gestores da ESCOM
Hélder Bataglia, Pedro Ferreira e Neto e Luís Horta e Costa, bem como o seu irmão, Miguel Horta e Costa, terão recebido 16 milhões de euros por conta de serviços de consultoria no caso da venda de dois submarinos ao Estado português, escreve o Expresso. Os gestores e o consultor da Escom, terão feito o dinheiro passar por diversos paraísos fiscais, antes de os declararem como rendimentos.
© DR
Economia Gestor
16 milhões de euros foi quanto três gestores e um consultor da ESCOM receberam pelos serviços prestados na compra de dois submarinos, em 2004, por parte do Estado Português, por mil milhões de euros, a um consórcio alemão - o German Submarine Consortium. Estes montantes foram declarados pelo quarteto como rendimentos pessoais.
Se contarmos com os restantes cinco milhões de euros pagos aos diversos clãs da família Espírito Santo, incluindo Ricardo Salgado, são 21 milhões de euros. Mas neste processo, falta ainda perceber quem recebeu os restantes 6 milhões de euros, que foram depositados numa conta bancária em Nassau, nas Bahamas, no POBT Bank.
Hélder Bataglia, Pedro Ferreira e Neto e Luís Horta e Costa, bem como o seu irmão, Miguel Horta e Costa, receberam assim mais de 15 milhões de euros, que passaram por um circuito internacional que envolveu três paraísos fiscais – Ilhas Caimão, Ilhas Virgens Britânicas e Bahamas, detetados apenas pelo Ministério Público, em 2005, no âmbito dos processos RERT (Regime Excecional de Regularização Tributária).
Está assim praticamente reconstituído o circuito do dinheiro entregue pelo consórcio alemão à ESCOM, empresa do Grupo Espírito Santo, que terá recebido luvas para canalizar para pagamento “a decisores políticos”, que assegurariam a escolha do consórcio alemão para a compra, em 2004, dos submarinos.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com