Prestação da casa vai baixar em julho, mas vem aí uma pausa nas descidas

A prestação da casa vai voltar a aliviar em julho, antes de o Banco de Central Europeu fazer uma pausa na descida das taxas de juro. Num empréstimo de 200 mil euros a 30 anos com Euribor 12 meses a descida será de quase 165 euros.

Prestação da casa vai baixar em julho, mas vem aí uma pausa nas descidas

© Shutterstock

Notícias ao Minuto com Lusa
30/06/2025 08:34 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

Crédito à habitação

Julho ainda traz boas notícias para quem tem créditos à habitação com taxa variável e que serão revistos nesse mês. A prestação deverá voltar a baixar, antes de o Banco Central Europeu (BCE) fazer uma pausa na descida das taxas de juro. 

 

Por exemplo, um crédito de 200 mil euros a 30 anos, indexando à Euribor 6 meses, com um spread (margem do banco) de 1%, poderá sentir uma diminuição na prestação de quase 60 euros, segundo cálculos da CNN Portugal.

Ora, para as mesmas condições de contrato num crédito indexado à Euribor 12 meses a descida será de quase 165 euros.

Estas previsões acontecem numa altura em que o Banco Central Europeu (BCE) se prepara para fazer uma pausa nos cortes das taxas de juro.

Significa isto que as prestações do crédito à habitação vão continuar a descer, mas não por muito mais tempo.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho em Frankfurt, o BCE desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Fórum do BCE arranca hoje em Sintra e vai contar com Lagarde e Powell

O Fórum BCE arranca hoje em Sintra com uma agenda focada na resposta às mudanças, numa altura em que as políticas de Donald Trump trazem incerteza ao cenário económico, e a abertura fica a cargo de Christine Lagarde.

A presidente do BCE irá discursar hoje no jantar de receção deste encontro que decorre até quarta-feira, com participantes dos bancos centrais, académicos e especialistas, contando também com o presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell.

O tema do Fórum BCE deste ano é "Adaptação à mudança: alterações macroeconómicas e políticas de resposta", quando as tarifas impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, e as suas repercussões na economia e no comércio internacional têm dominado as discussões dos líderes mundiais e são um desafio para a política monetária.

As sessões de debate do Fórum começam na terça-feira, com Luis de Guindos, vice-presidente do BCE, a liderar uma discussão sobre as implicações macroeconómicas das alterações nos mercados de trabalho da área do euro.

Segue-se uma sessão sobre a "transmissão monetária através das famílias, consumo e poupança", com base num artigo sobre o ciclo de despesa discricionária elaborado por Paolo Surico, professor da London Business School, bem como um painel sobre a "heterogeneidade entre países na área do euro e implicações para a política monetária", coordenado por Isabel Schnabel, membro do Conselho Executivo do BCE.

O dia termina com um painel de governadores que conta com Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra, Christine Lagarde, presidente do BCE, Jerome Powell, presidente do Conselho de Governadores do Sistema da Reserva Federal, Chang Yong Rhee, governador do Banco da Coreia, e Kazuo Ueda, governador do Banco do Japão.

O terceiro e último dia começa com uma discussão sobre "intermediários financeiros não bancários, liquidez e seu tratamento prudencial", seguindo-se uma sessão sobre os novos desenvolvimentos industriais e a arquitetura em evolução do comércio internacional.

O programa conta também com uma sessão sobre os desafios da comunicação do banco central e uma conversa sobre como explorar o potencial de crescimento da Europa, entre Philippe Aghion, professor do Collège de France e da London School of Economics, e Lars Feld, professor da Universidade de Freiburg e Diretor do Instituto Walter Eucken.

O encerramento fica a cargo de Lagarde, que faz as considerações finais após a entrega do Prémio Jovem Economista.

Leia Também: Atenção: Do IRS ao IMI, hoje é o último dia para evitar multas pesadas

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas