De Guindos fez esta reflexão ao ser questionado sobre a oferta pública de aquisição (OPA) do BBVA ao Sabadell, que o Governo espanhol condicionou à não fusão das duas entidades em três anos, prazo que pode ser ampliado para cinco.
O ex-ministro da Economia não se quis referir concretamente a esta operação, sobre a qual já se pronunciaram as autoridades da concorrência e o BCE, que a consideram solvente.
O vice-presidente do BCE lembrou que existe uma defesa generalizada na União Europeia (UE) de promover a integração dos mercados de capitais, o que significa que os fluxos têm de ser livres.
"Partindo para além de um caso concreto, é preciso ver se essas intervenções são incompatíveis com a mensagem que está a ser transmitida neste sentido e sobre a possível reação dos investidores", afirmou Guindos.
O responsável acrescentou que "se o discurso da integração do mercado de capitais não for compatível com as atuações específicas, a credibilidade é afetada".
De Guindos participou no curso de verão organizado pela Associação de Jornalistas de Informação Económica (APIE) na Universidade Internacional Menéndez Pelayo (UIMP) de Santander, numa sessão que coincidiu com o anúncio do Governo sobre as condições impostas à OPA do BBVA sobre o Sabadell.
O mandato de Guindos termina em maio e o mesmo já revelou antecipadamente, quando questionado pelos jornalistas, que não tem intenção de se dedicar à política.
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