Produção industrial chinesa desacelera em maio apesar da trégua com EUA

A produção industrial na China cresceu em maio 5,8%, em termos homólogos, um valor inferior em 0,3% ao registado em abril, indicando que a trégua comercial alcançada com Washington não foi suficiente para inverter a tendência de abrandamento.

Produção industrial caiu 4,4% em março

© Shutterstock

Lusa
16/06/2025 07:41 ‧ há 5 horas por Lusa

Economia

China

Os dados, divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) da China, ficaram ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas, que previam uma desaceleração até 5,9%.

 

Zichun Huang, analista da consultora Capital Economics, apontou num relatório que a redução da procura externa "teve alguma responsabilidade" nesta evolução, acrescentando que "apesar da trégua comercial, a contração das vendas industriais para exportação agravou-se no mês passado".

Entre os três grandes setores em que o GNE divide este indicador, o que mais aumentou a produção em maio foi o da indústria transformadora (+6,2%), seguido do setor mineiro (+5,7%) e da produção e fornecimento de eletricidade, aquecimento, gás e água (+2,2%).

A entidade destacou ainda o crescimento na produção de bens específicos, como impressoras 3D (+40%), robôs industriais (+35,5%) e veículos elétricos (+31,7%).

No acumulado do ano, a produção industrial chinesa regista um crescimento de 6,3%.

O GNE divulgou também dados sobre as vendas a retalho, indicador-chave do consumo, que surpreenderam, ao acelerarem de 5,1% em abril para 6,4% em maio, quando os especialistas esperavam um recuo para 5%.

Para a Capital Economics, os dados do consumo foram o "ponto positivo" em maio, impulsionados não só pelo ambicioso plano de subsídios ao consumo do Governo chinês, como também pela trégua comercial com os Estados Unidos, que "reduziu a ansiedade das famílias face à guerra comercial e as encorajou a gastar".

A taxa oficial de desemprego nas zonas urbanas também apresentou um resultado positivo, ao recuar de 5,1% em abril para 5% em maio.

O crescimento do investimento em ativos fixos abrandou para 3,7% nos primeiros cinco meses de 2025, face a 4% nos primeiros três meses.

Os analistas esperavam uma desaceleração menor, para cerca de 3,9%.

O GNE indicou ainda que as vendas comerciais de imóveis, medidas pela área vendida, diminuíram 2,9% em termos homólogos até maio.

Leia Também: Preços das casas novas caem na China pelo 24.º mês consecutivo

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas