Esta revisão face ao último boletim, de março, ocorreu depois da contração da atividade no primeiro trimestre do ano, com uma redução do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5% em cadeia, que "não foi antecipada", segundo explica o BdP no documento.
Estas previsões são assim mais pessimistas do que as do executivo, sendo que no Orçamento do Estado para 2025, o Governo tinha apontado para um crescimento do PIB de 2,1% mas reviu em alta essa projeção no Relatório Anual de Progresso, entregue a Bruxelas, para 2,4%.
Por outro lado, o BdP reviu em alta as previsões para 2026, de 2,1% para 2,2%, enquanto a estimativa para 2027 se mantém num crescimento da economia de 1,7%.
A instituição liderada por Mário Centeno explica que "a composição do crescimento altera-se no horizonte de projeção", sendo que comparando com 2024, o "crescimento será relativamente mais apoiado no investimento em 2025--26 e nas exportações em 2027".
Já no que diz respeito à inflação, o banco central aponta que a taxa "deverá estabilizar em valores inferiores a 2% em todo o horizonte de projeção".
Quanto ao mercado de trabalho, o BdP perspetiva um abrandamento do emprego e dos salários, mas com a taxa de desemprego estável em 6,4%.
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